Jerome Bruner nasceu em Nova York, em 1915. Graduou-se em psicologia na Universidade de Ducke e, depois, continuou seus estudos em Harvard.

Bruner valoriza muito a atuação do professor em sala de aula e acredita que ensinar é um meio admirável para aprender. Leva em consideração a curiosidade do aluno e o papel do professor como investigador desta curiosidade. Daí ser esta a denominada teoria da descoberta, uma teoria que tenta explicar como a criança, em diferentes etapas da vida, representa o mundo em que interage.

Bruner menciona três níveis de representação do mundo pela criança: Enativo, Icônico e Simbólico.

O aluno não pode estar acomodado com os conhecimentos adquiridos e cabe sempre ao educador lhe propor questões.

Em seu livro O Processo da educação, Bruner afirma que a escola não desenvolve a inteligência, pois é finalista, e os professores devem conhecer seus alunos para descobrirem a melhor forma de ensinar, considerando que cada aluno aprende de forma diferente.

Como deve ser a instrução?

A instrução precisa adequar-se às experiências e aos contextos que levam o aluno a estar apto para aprender (prontidão).

A instrução precisa ser estruturada para que possa ser facilmente compreendida pelo aluno (organização em espiral).

A instrução precisa ser criada para facilitar a extrapolação e/ou preencher brechas (ir além da informação dada).

Para Bruner, o professor deve sempre estar buscando inovar, trazendo novidades para a sala de aula, para evitar que a aula se torne repetitiva.

O ambiente no qual as crianças vivem pode determinar grandes diferenças em relação à idade em que passam pelos diversos estágios. Nesse ponto a teoria de Bruner coincide com a de Piaget. A criança deve ser exposta, desde cedo, a estímulos variados. Crianças que, por algum motivo, sofreram privação sensorial têm seu desenvolvimento cognitivo prejudicado, possivelmente de modo irresistível. Bruner acredita que todas as crianças têm dentro de si uma grande vontade de aprender. Elas são naturalmente curiosas e, isso deve ser aproveitado em sua educação.

Na visão de Bruner, a figura mais importante é a do professor. Ele enfatiza a necessidade de se tomarem medidas para melhorar a qualidade dos professores: melhor recrutamento, melhor seleção, melhor educação na base educacional da formação de professores, melhoria de salários e a elevação do prestígio do magistério.

O professor não é apenas um comunicador, mas também um modelo para os alunos, para passar-lhes conhecimentos e oferecer-lhes um modelo de competência. O professor deve ter liberdade para ensinar e aprender.

O professor é, também, um símbolo pessoal imediato do processo educativo, figura com a qual os alunos podem identificar-se e comparar-se. A tarefa do professor como comunicador, modelo e figura de identificação pode apoiar-se no uso sensato de grande variedade de dispositivos que expandem a experiência, esclarecem-na e dão-lhe significações pessoais. Não é necessário haver conflito entre o professor e os recursos didáticos. Não haverá conflito algum se o desenvolvimento de tais recursos levarem em consideração as metas e os requisitos do ensino.