Formação Superior para Professores

O Artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz que "a formação de docentes para atuar na Educação Básica far-se-á em nível superior, em curso de Licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de Educação, admitida como formação mínima para o exercício do magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental a oferecida em nível médio, na modalidade Normal". Atendendo a esta base legal que fundamenta a formação de professores, o Instituto de Educação do Estado do Rio de Janeiro (IERJ), na Tijuca, está oferecendo o primeiro Curso Normal Superior público do Brasil.

Vinculado à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e em co-gestão com as secretarias Estadual de Educação e de Ciências e Tecnologia, o curso já está autorizado e começou a ser ministrado em maio de 1999. "Estamos atendendo a uma reivindicação da LDB e, também, concretizando um desejo dos professores, que ansiavam por ter formação de nível superior" - diz Sandra Regina dos Santos, diretora do Curso Normal Superior do IERJ.

Formado por uma equipe de 25 mestres e 15 especialistas, o curso do IERJ oferece 120 vagas por semestre e tem compromisso não só com a formação de crianças, mas, também, com a de jovens e adultos. "Muitas vezes, os professores lecionam nas primeiras séries do Ensino Fundamental para pessoas em idade adulta e jovens. Então, precisamos nos preocupar com a formação docente neste sentido" - explica Sandra.

Ao todo, são 3200 horas de curso, que podem ser integralizadas, no mínimo, em três ou até seis anos, dependendo da disponibilidade do aluno, que pode optar por fazer curso de férias ou adiantar módulos e disciplinas eletivas. A grade curricular, cujos conteúdos são abordados com a profundidade que o ensino superior exige, inclui as áreas da Educação, conhecimentos pedagógicos, prática interdisciplinar e conhecimentos gerais.

Segundo Sandra Regina, os objetivos da equipe do curso Normal Superior são proporcionar aos alunos uma formação de qualidade e fazer com que eles se conscientizem de que o término do curso significa apenas o primeiro momento de uma formação continuada. "Nossa proposta é formar um professor investigativo da própria prática pedagógica, crítico e compromissado com o exercício de sua cidadania. Daí a expectativa de que eles finalizem o curso pensando no seu aperfeiçoamento ao longo da vida no magistério" - diz ela.

Há 119 anos, o Instituto de Educação lida com a formação de professores e, agora, que mantém, em suas instalações, o Curso Normal Superior, lançou um novo desafio. Este vem sendo vencido pelo empenho da equipe, mas a vitória será efetivamente reconhecida quando a primeira turma de professores se formar e for comprovada, na prática, a missão cumprida. A Educação só tem a ganhar.

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