Diabetes Um dos processos metabólicos do nosso organismo é a conversão dos alimentos em energia e calor dentro do corpo. O alimento é "quebrado", no estômago e nos intestinos, em elementos básicos, como a glicose (açúcar). Para facilitar a penetração dela em cada célula do corpo, o pâncreas envia o hormônio insulina para a corrente sangüínea, pois só quando este se liga à superfície das células elas podem absorver a glicose do sangue. É justamente a ausência ou deficiência da produção de insulina que acarreta diabetes. O diabetes é a alteração dos níveis de glicose no sangue. No diabético, o pâncreas não produz insulina suficiente, ou o corpo não a utiliza bem. O resultado é impossibilidade de o açúcar penetrar nas células para ser utilizado. E, uma vez no sangue, a glicose atinge níveis elevados, transbordando, pelos rins, para a urina. Dois tipos de diabetes podem daí advir. Diabetes tipo 1 O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o corpo começa a produzir anticorpos que destroem o pâncreas e o órgão pára de produzir a insulina. Os médicos não sabem o que acarreta a destruição das células do pâncreas produtoras de insulina, mas acredita-se que fatores hereditários contribuem para tanto, apesar de o distúrbio não ser diretamente herdado. É mais comum em pessoas com menos de 25 anos. Diabetes tipo 2 O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou adquire resistência à ação deste hormônio. Embora não se saiba o que causa este diabetes, diz-se que, assim como se verifica no diabetes tipo 1, a hereditariedade tem conexão com a doença, e também com a obesidade, embora ela não gere, necessariamente, o diabetes. Acomete, principalmente, adultos acima de 40 anos Sintomas do Diabetes Como conseqüência da falta de insulina, o açúcar vai se acumulando no sangue e, se o indivíduo não recorre a tratamento, começa a desenvolver os sintomas do diabetes. Em ambos os tipos da doença, os sintomas se assemelham. Porém, no caso do diabetes tipo 2, eles são menos evidentes. Os mais freqüentes são: poliúria (muita urina), sede excessiva, fadiga, perda de peso e fome freqüente (o corpo "sente fome" porque não está conseguindo utilizar a energia da comida que ingere). Alguns sintomas só aparecem com o tempo, tais como cegueira, doenças renais, nos músculos e nos nervos. Contudo, nem todos os diabéticos desenvolvem estes problemas. Diagnóstico Para diagnosticar o diabetes, os médicos devem saber qual a quantidade exata de glicose presente no sangue do paciente. Para conhecê-la, podem ser feitos vários tipos de exames: dosagem de glicose na urina; dosagem de glicose no sangue, através de uma glicofita e teste de tolerância à glicose, no qual a pessoa ingere 75Kg de glicose e são anotadas todas as variações da substância no sangue.
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Tratamento Segundo a endocrinologista Renata Aguiar,
é importante que as pessoas façam exames periódicos para saberem se são
diabéticas. "Caso seja diagnosticada a doença, o paciente precisará recorrer
a tratamento e levar uma vida mais saudável" - diz ela. Os tratamentos
são imprescendíveis para que o paciente mantenha os níveis de glicose
dentro dos parâmetros normais. Para os diabéticos, a dieta é um dos fatores
mais importantes no controle da doença. Aconselha-se que seja evitada
a ingestão de alimentos gordurosos, açúcar refinado, massas e doces, e
que sejam feitas de 4 a 6 refeições diárias. "É importante, também, a
prática de exercícios físicos, para ajudar na manutenção do peso e reduzir
os níveis de glicose" - acrescenta a doutora. No caso do diabetes tipo
1, o tratamento baseia-se em Como evitar: Quando lhe perguntam se há maneiras de evitar o diabetes, a Drª Renata responde: "Não há como impedir o diabetes tipo 1. Mas, para evitar o diabetes tipo 2, as pessoas precisam cuidar do peso, evitando a obesidade, e não ser sedentárias. Assim, diminuem os fatores de risco da doença". Aos diabéticos, ela deixa um alerta: "Diabetes não tem cura, apenas controle". E reitera: "o tratamento deve ser levado a sério!" Olho: "O diabetes é a alteração dos níveis de glicose no sangue" Legendas: "Diabetes não tem cura, apenas controle" - Drª Renata Aguiar "A falta de tratamento acarreta o aumento dos fatores de risco para doenças cardíacas"
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