No Zoológico do Rio de Janeiro, alunos e professores do Ensino Fundamental aprendem um pouco mais sobre os costumes, hábitos, alimentação e origem dos animais.

Por que o urso e o pingüim não podem viver juntos? Qual a diferença entre o cágado, o jabuti e a tartaruga? Que ave é símbolo do Brasil? Biólogos e guias universitários especializados em Educação Ambiental respondem a estes e outros questionamentos dos grupos escolares que participam da visita guiada à Fundação Zoológico da cidade do Rio de Janeiro. Percorrendo as jaulas ou os tanques em que ficam os animais, distribuídos em uma área de 120 mil metros quadrado, alunos e professores tem a oportunidade de saírem das salas de aulas e conhecerem um pouco mais sobre os animais vivos do planeta - classificação, características, costumes, origem, alimentação - e como funciona a cadeia alimentar de cada um deles.

A Fundação Riozoo reúne mais de 2100 animais, como répteis, mamíferos, aves e as mais selecionadas raças de primatas brasileiros, para apreciação do público. Abriga, ainda, animais "naufragados", como elefantes marinhos e pingüins, que, depois de tratados, retornam ao seu habitat ou integram-se ao plantel da Fundação. Os professores aproveitam o espaço, a oportunidade de ver os bichos expostos e o monitoramento de biólogos, estagiários e guias do Centro de Educação Ambiental do Zoológico para explicarem, a seus alunos, o conteúdo da unidade do currículo escolar que aborda animais. A fundação, por sua vez, presta sua contribuição à Educação brasileira. "Estamos buscando melhorar, cada vez mais, o atendimento às escolas, aumentando a nossa equipe de suporte que, atualmente, conta com sete biólogos e 13 estagiários para acompanhar alunos e professores na visita guiada", informa Márcio Martins, presidente da Fundação Riozoo.

As professoras Renata Afonso e Patrícia de Souza e a coordenadora pedagógica Norimar dos Santos, da Escola Municipal Almeida Garret e a professora Gláucia Sant'ana, do Centro Educacional Barbosa Figueiredo, aprovaram as visitas ao Zôo. E proporcionam aos alunos do Ensino Fundamental aulas divertidas, instrutivas e atraentes. "Nosso trabalho enriquece bastante quando saímos da sala de aula para ter contato vivo com o que é explicado ", explica Renata Afonso, professora da 2ª série.

A vista começa pela ala dos primatas e termina no "Exoticum"

A regra número um para acompanhar a aula-passeio no Zoológico é disposição. Os alunos "tiram de letra". Apesar de ser longa a caminhada pelo local, participam entusiasmados da atividade.

 

 

Divididas em três grupos, as turmas de 1ª e 2ª séries da Escola Municipal Almeida Garret, por exemplo, percorrem todas as jaulas e alas do zoológico. Começando pelos primatas, atentos às explicações dos guias universitários que os monitoram, aprendem um pouco mais sobre habitat, costumes e a reprodução dos vários tipos de macacos, como os babuínos sagrados, o macaco japonês e o orangotango. E descobrem que os chimpanzés possuem 98% do código genético humano e, por isso, tem características semelhantes aos dos homens.

Seguindo pela ala dos felinos, os guias vão explicando aos alunos os costumes do serval, da suçuarana, mais conhecida como puma, do leão, da onça preta, do tigre siberiano e do tigre de bengala. "Aliás, vocês sabiam que o leão é o único felino que vive em grupo e que a leoa sai para caçar, enquanto ele fica tomando conta do seu grupo?", pergunta o guia Andrei Veiga ao grupo da 1ª série da Escola Municipal Almeida Garret, inatigando a curiosidade da criançada.

As crianças seguem pela ala do elefante asiático, da girafa, do avestruz e da lhama. Aprendem um pouco mais sobre a vida dos ursos de óculos, da ararajuba, ave-símbolo do Brasil porque sua coloração é verde e amarela, dos pássaros ornamentais, do ganso e do tucano. O Zoo ainda lhes possibilita saber que aves como o Flamingo, a Maguari e a Garça Branca Grande foram denominadas exóticas porque possuem penas de cores fortes e bicos alongados, como vivem os jacarés, o canguru, a ema, a jibóia, o camelo e o hipopótamo. E, passando pela jaula do urubu-rei, os guias aguçam a curiosidade das crianças, explicando-lhes que este animal se alimenta de animais mortos em decomposição, desempenhando papel de saneador e é assim chamado porque é uma ave forte que dilacera o alimento com a maior facilidade e outros urubus só se aproximam quando ele termina a refeição.

Os alunos, seus professores e guias da Fundação Riozoo passam, ainda, pela "casa noturna", onde vivem os animais de hábitos noturnos, como os morcegos, o ouriço e o jupará. E, dali, vão à ala denominada "exoticum", habitada por animais como o peixe-elétrico, a iguana, o piton, a tartaruga mordedora, cobras venenosas e o pinguim, que, segundo as professoras da escola Almeida Garret, tanto chama a atenção da garotada. Afinal, não é todo dia que se vê de perto um animal das regiões geladas.

A professora Gláucia Sant'ana, do Centro Educacional Barbosa Figueiredo aproveita a oportunidade da visita para mostrar a sua turma do C.A que alguns animais nascem de ovos e outros, diretamente das mães. Visitando as jaulas e os tanques dos animais, os pequeninos conseguiram visualizar o conteúdo, dificilmente compreendido quando o professor apenas usa como recurso ilustrações de livros didáticos. Mesmo assim, para fixar o conhecimento obtido, um relatório foi preparado pela professora para que os alunos da Alfabetização respondessem o que aprenderam e os bichos que mais gostaram. Não faltou assunto para ser comentado.

 

Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro - Riozoo Parque da Quinta da Boa Vista, s/nº - São Cristóvão - RJ Tel. (0xx21) 569-2024 ramal 219 e 220 Fax. (0xx21) 569-7547

Investindo em Educação Ambiental

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