E-BOOK REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 176

3 E-book Revista Appai Educar Essas transformações já são realidade em muitas escolas, onde educadores vêm incorporando a IA de forma prática em suas rotinas pedagógicas. Um exemplo disso é o trabalho da docente e coordenadora de Biologia no Colégio Santa Marcelina, Cláudia Corrêa Motta, que tem vivenciado essa mudança de maneira estratégica e criativa. Por meio do uso de plataformas como ChatGPT, Microsoft Copilot, Teachy e Canva, ela destaca os impactos positivos na personalização da aprendizagem, na otimização do tempo docente e no estímulo ao pensamento crítico dos estudantes. “As ferramentas de IA são utilizadas estrategicamente para criar resumos, elaborar questões com base em textos ou artigos, produzir conteúdo personalizado e apoiar a construção de trabalhos criativos e esquemas visuais para apresentações em sala de aula”, explica. Bianca Acampora, doutora em Ciências da Educação, Mestre em Cognição e Linguagem, especialista em Pedagogia, faz sua avaliação acerca do nível atual de preparo dos professores brasileiros para lidar com a Inteligência Artificial nas salas de aula. Acampora afirma que o nível de preparo dos professores brasileiros para integrar a IA em contextos educacionais ainda é, em sua maioria, incipiente. Embora haja um crescimento no interesse pelo tema, a maioria dos docentes não recebeu formação específica que os capacite a compreender o funcionamento, as implicações pedagógicas e os potenciais riscos éticos da IA na educação. “Em termos práticos, o que se observa é um uso pontual e muitas vezes instrumental dessas ferramentas, como assistentes virtuais ou corretores automáticos, sem uma reflexão crítica sobre sua aplicação pedagógica. Isso evidencia uma lacuna entre a rápida evolução tecnológica e a capacidade institucional de oferecer suporte formativo adequado e contínuo aos professores”, analisa.

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