REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 173

Revista Appai Educar Foi quando nasceu o projeto Laços entre Nós, um trabalho antibullyng com intuito de criar uma cultura de paz na sala de aula através da empatia e da afetividade, valorizando as diferenças, através da expressão de sentimentos. A educadora conta que o primeiro passo foi envolver a família nas atividades de forma afetuosa, criando um ambiente de carinho, respeito e afeto. “Em uma reunião com os responsáveis apresentei uma atividade que realizei com os alunos, na qual eles escreveram por meio de um bilhete o que mais gostavam em quem cuidava deles. Cada um leu o que seu filho mais admirava nele e nessa reunião sugeri que os responsáveis fizessem o mesmo. A partir desses bilhetinhos afetuosos trabalhei tanto a escrita do aluno quanto a comunicação não violenta”, explica Vilma. Depois dessa atividade com os responsáveis, chegou a vez de realizar um trabalho entre os colegas da turma! Eles criaram um painel com fotos de cada estudante e abaixo delas os alunos escreviam adjetivos positivos, funcionando como uma troca de gentileza. “Começamos nesse momento a realizar o oposto do que vinha sendo feito, que era falar bem uns dos outros”, conta a professora. Outra atividade que surtiu muito efeito, segundo ela, foi o caderno de elogios, que circulou na sala, onde cada estudante escrevia um elogio para seu colega e deixava registrada a sua admiração pelo outro. Além dessas atividades, a professora realizou uma roda de conversa e nela cada um escolhia um colega que não havia escolhido antes em nenhuma das atividades anteriores e falava para o grupo suas características positivas. A intenção era que cada um falasse o lado positivo de ummaior número de colegas da sala, evitando repetições, e que todos fossem contemplados, ninguém ficando de fora das dinâmicas. “Após essas atividades fui percebendo que as relações interpessoais melhoraram significativamente, e toda a escola pôde constatar a melhora de comportamento da turma, que beirava à agressividade e foi se transformando em um grupo empático e acolhedor”, garante a educadora.

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