REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 173

Revista Appai Educar Um dos pontos mais importantes da teoria de Rosenberg é entender que todas as pessoas têm necessidades e que estas, geralmente, não são conflitantes. Os conflitos surgem a partir das estratégias diferentes que cada pessoa ou grupo utiliza para atender às necessidades. Assim, entendemos que a comunicação não violenta é, antes de tudo, um exercício de empatia: aceitar que o outro também tem suas demandas e que todos merecem respeito. Com isso emmente, também é importante entender que muito da violência que praticamos no dia a dia acontece sem que percebamos: afinal, é da natureza humana seguir padrões de defesa, recuo ou ataque quando há um conflito. A comunicação não violenta, portanto, propõe substituir esses padrões por outros, mais positivos, utilizando a empatia como principal recurso para isso. A ideia é prestar atenção aos seus sentimentos e tambémaos do outro, buscando entender quais são as emoções e necessidades que estão por trás do conflito, sem julgamentos. Dessa forma, é possível encontrar um denominador comume propor soluções mais efetivas. Emvista disso, observamos outro pilar da comunicação não-violenta: ela evita rótulos ou soluções simplistas como “essa pessoa é difícil” ou “isso é birra”. Nós sabemos que, emmeio aos conflitos do dia a dia, esse tipo de comentário pode sair semque você perceba ou fale por mal. Mas não podemos esquecer que a comunicação não violenta propõe umamudança das reações humanas de defesa, recuo ou ataque. Para que ela salte da teoria para a prática, é necessário fazer exercícios conscientes e constantes.

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