E-BOOK REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 170

7 E-book Revista Appai Educar Em relação ao ensino híbrido, Luciana diz que combinar recursos presenciais e digitais tem se mostrado eficaz para personalizar o ritmo de aprendizagem e diversificar as estratégias pedagógicas. No entanto, sua eficiência depende diretamente do acesso à tecnologia e internet de qualidade, o que nem sempre é uma realidade em escolas públicas. “Em contextos em que faltam dispositivos e conectividade, essa abordagem pode acentuar desigualdades, em vez de reduzi-las. Além disso, a transição para essas práticas exige mudanças profundas na cultura escolar. Muitos alunos e famílias ainda não compreendem ou não se adaptam facilmente ao novo papel ativo que lhes é atribuído, enquanto professores precisam de apoio contínuo para planejar e executar atividades alinhadas a essas metodologias”, avalia acrescentando que as metodologias ativas e ensino híbrido têm potencializado a aprendizagem, mas, para garantir seu sucesso, é preciso investir em formação de professores, infraestrutura e diálogo com a comunidade escolar. Assim, a educação se torna mais inclusiva e eficiente, atendendo às demandas do século XXI. A especialista em Psicopedagogia e em Administração e Supervisão Escolar Josele Teixeira concorda com a opinião de Luciana Maia. Há um consenso sobre o impacto positivo das metodologias ativas e do ensino híbrido na potencialização da aprendizagem. “As inovações na realidade precisam ser compreendidas como estratégias de ensino centradas na participação dos discentes em seu processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada, híbrida, enquanto as metodologias ativas se expressam através de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações. Nesse formato, o aluno é exposto ao conteúdo que será abordado antes da aula com o professor, muitas vezes com videoaulas ou leituras prévias. O que incentiva que cada discente busque sua estratégia metacognitiva e desenvolva a sua autonomia. Pensando na nossa realidade educacional, vale ressaltar que no Brasil o acesso às instituições de ensino à tecnologia ainda é um desafio para ser consolidado”, garante Josele Teixeira da Silva, especialista em Psicopedagogia e em Administração e Supervisão Escolar.

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