Revista Appai Educar No aspecto do uso das folhas como fornecedoras de tinturas, os alunos abordaram as aplicações do urucum e do jenipapo entre os povos indígenas, além de observarem semelhanças artísticas com culturas africanas que utilizam tintas naturais em suas construções, como acontece na vila de Tiébele, na Burkina Faso. A literatura também esteve presente na hora de abordar as folhas. “Fizemos a leitura dos textos: “Obax”, de André Neves; “Andurá”, de Lucas Benetti e “Igbo”, de Marcos Cajé, nos quais observamos as relações dos personagens com a natureza e com as plantas, que são partes importantes em ambas as narrativas. Os alunos produziram pinturas, recontos, resumos e maquetes”, frisa Bárbara. Folhas que preservam a vida Dentro da proposta decolonial de educação, o projeto desenvolveu uma jornada rica e diversificada em torno do tema central das folhas, conectando as crianças a diferentes perspectivas culturais, científicas e artísticas. O trabalho começou com a reflexão sobre a folha como ser vivo, convidando os pequenos a plantar e acompanhar o processo de nascimento e crescimento das plantas no ambiente escolar. Essa vivência permitiu que eles se conectassem com os ciclos naturais e compreendessem o papel essencial dos vegetais na manutenção do ecossistema. Os alimentos, por sua vez, abriram caminho para discussões sobre as folhas que comemos no dia a dia. Foram abordados pratos de origem indígena e africana, valorizando a sua presença na rotina das crianças e reforçando a importância de práticas alimentares tradicionais e saudáveis.
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