E-BOOK REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 153

21 E-book Revista Appai Educar Mesmo com todas essas sugestões e ações positivas, não podemos esquecer que a oralidade também pode ser afetada por diferenças socioeconômicas e culturais entre os discentes. Estudantes de contextos desfavorecidos podem ter menos exposição à linguagem oral rica e enfrentar dificuldades para se expressar e compreender conceitos complexos. Da mesma forma, pessoas de origens linguísticas diferentes podem enfrentar barreiras na comunicação oral se o idioma falado na escola for diferente de sua língua materna. No entanto, independente dos níveis de ensino, assegura Mônica Tavares, é fundamental que haja o estímulo da comunicação oral em diferentes contextos, criando oportunidades para a prática da escuta ativa e promoção de atividades lúdicas e complexas que possam contribuir para o desenvolvimento das habilidades comunicativas dos alunos em diferentes níveis. Para Fernanda Lessa, a oralidade ganha destaque na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, por meio de atividade lúdicas, tais como trava-línguas, canções, leitura de um texto em voz alta (com as entonações adequadas) e declamação de um poema. Já nos anos finais do Ensino Fundamental e em todo o Ensino Médio, entram em cena a construção do gênero tutorial; a participação em um júri simulado; a entrevista para um suposto emprego; o discurso em uma assembleia. “Por ter um papel de destaque nas relações interpessoais e na formação da subjetividade, a oralidade deve ser, desde a pré-escola até o ensino secundário, explorada em todas as suas infinitas possibilidades, já que é considerada o cerne da elaboração da subjetividade de cada ser humano”, finaliza a educadora.

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