E-BOOK REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 153

17 E-book Revista Appai Educar Fernanda Lessa ressalta que equivocadamente o eixo oralidade acaba sendo desprestigiado no decorrer dos anos escolares, sendo intensamente trabalhado na Educação Infantil e, quanto mais o alunado avança de ano, mais é substituído por produções de diferentes gêneros textuais. Como se o ato de falar não fosse algo que acompanhasse as pessoas em todas as fases de interação e de socialização entre os colegas. “O resultado desse descaso são alunos não aptos a fazerem a exposição oral de suas ideias”, alerta a especialista. Ela pontua ainda que, enquanto todos os educadores, independentemente das disciplinas que lecionam, não explorarem a oralidade em suas atividades com a sua turma não teremos alunos protagonistas do processo de ensino- -aprendizagem, algo tão almejado por quem atua na educação. “É notória a afirmativa de que não é papel exclusivo do docente de Língua Portuguesa trabalhar a oralidade em suas classes. Um exemplo disso seria uma aula de história em que os estudantes simulassem com a ajuda do professor os debates feitos pelos gregos na ágora, uma praça pública da Grécia Antiga, onde cidadãos promoviam debates acerca da vida na cidade, entre outras ações. Não restam dúvidas de que quem ministra qualquer disciplina está habilitado a explorar todo o potencial que a oralidade apresenta”, afirma Fernanda.

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