Revista Appai Educar Ao falar sobre os riscos dessa adultização, Jéssica Cardoso, mãe de duas meninas, pontua que, ao longo da vida, precisamos passar por várias fases que fortalecerão o nosso desenvolvimento de forma saudável para a vida adulta e que é vital vivenciarmos essa experiência sem desconsiderar cada momento. “Pular essas etapas é proporcionar uma estimulação inapropriada para a idade da criança, pois a infância é onde acontece todo o aprendizado. Acelerar isso pode estimular um desenvolvimento físico e psicológico imaturo e incompleto na fase adulta podendo resultar em uma pessoa infantilizada e com uma baixa inteligência emocional. Além disso, a criança ainda não temmaturidade para saber o que é certo e errado, podendo se tornar vulnerável a qualquer informação e situação”, orienta. A psicóloga Yeda Herculano também compartilha da mesma visão e garante que esse atalho ou abreviação da infância, muitas vezes percorrido pelos pequenos, com ou sem o aval dos responsáveis, pode gerar consequências desastrosas em suas vidas adultas, como conflitos internos existenciais, intolerância a frustrações e uma sensação de vazio e incompletude constantes. “E em alguns casos irá reproduzir um comportamento infantilizado de forma descontextualizada da sua faixa etária”, ressalta.
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