REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 147

Revista Appai Educar Ao falar sobre os riscos dessa adultização, Jéssica Cardoso, mãe de duas meninas, pontua que, ao longo da vida, precisamos passar por várias fases que fortalecerão o nosso desenvolvimento de forma saudável para a vida adulta e que é vital vivenciarmos essa experiência sem desconsiderar cada momento. “Pular essas etapas é proporcionar uma estimulação inapropriada para a idade da criança, pois a infância é onde acontece todo o aprendizado. Acelerar isso pode estimular um desenvolvimento físico e psicológico imaturo e incompleto na fase adulta podendo resultar em uma pessoa infantilizada e com uma baixa inteligência emocional. Além disso, a criança ainda não temmaturidade para saber o que é certo e errado, podendo se tornar vulnerável a qualquer informação e situação”, orienta. A psicóloga Yeda Herculano também compartilha da mesma visão e garante que esse atalho ou abreviação da infância, muitas vezes percorrido pelos pequenos, com ou sem o aval dos responsáveis, pode gerar consequências desastrosas em suas vidas adultas, como conflitos internos existenciais, intolerância a frustrações e uma sensação de vazio e incompletude constantes. “E em alguns casos irá reproduzir um comportamento infantilizado de forma descontextualizada da sua faixa etária”, ressalta.

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