REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 145

Revista Appai Educar ber da chegada de estudantes que mostram ser a escola umespaço inclusivo, visto que esses aprendizes têm o direito, como qualquer outra criança ou jovem, de circular e de frequentá-la. Sem essa cadeira de rodas e a acessibilidade do espaço escolar, contudo, ficavam impossibilitados de por mim passar (Aproveito para fazer um protesto, por saber que não é toda escola que oferta acessibilidade! Se eu pudesse, faria certos políticos escorregarem para eu conseguir falar bempertinho do ouvidodeles: - Cadê a empatia? Cuidem destes aprendizes!). Acho que eu perderia a linha com alguns políticos (Ah, mas deixe isso para lá! Afinal, a maioria cumpre seu papel! Isso me deixa esperançoso.)! E o que importa é saber que diariamente aquelas rodinhas circularão freneticamenteacaminhoda sala de aula, também com uma rampa de acesso (que é uma prima minha, que veio especialmenteparafazerjunto amimumchão que sirva a todos e onde não haja exclusão), preparada para a livre circulação desses pupilos! Como resolvi me abrir e falar tudoquepercebo, aproveito para contar que, ao final de um turno, fico muito deprimido porque sobre mim jazem pontas de lápis, papéis de bala, bolinhas de papel (Coitadas das árvores! Ouçoprofessores que dizem: “Meninos, não arranquem folhas à toa, usem o corretivo!”). Aquela professora de Português éaquemais reclama! Ela diz que sente até dor ao vir um estudante arrancando uma folha do caderno só por um erro cometido em uma palavra (Ai, estou perdidamente apaixonado por essaeducadora!). Infelizmente, poucos estudantes dão ouvidos àqueles professores e preferem fazer de mim um mar de lixo! Isso tudo acontece, bem sei, apesar das constantes conversas que acontecem logo no início do ano

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