REVISTA APPAI EDUCAR EDIÇÃO 140

12 Revista Appai Educar Muito se discute a utilização dos jornais como complemento de projetos pedagógicos em sala de aula. Quem viveu a escola até meados da primeira década dos anos 2000, certamente lembra das atividades em que se fazia recortes e colagens dos periódicos, que também servia como fonte de pesquisa em det erminados casos, como a produção de textos. Hoje em dia quase não se usa de forma física, mas a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) desafia sua utilização até hoje (vamos ver isso mais à frente). Os jornais também funcionaram como fontes de inspiração de muitas turmas que resolveram produzir seus próprios periódicos em sala de aula. O intuito era diverso e completamente versátil em relação à aplicabilidade nas disciplinas. Com essa matéria, você vai se inspirar na hora de criar seu material de língua portuguesa cumprindo as normas da BNCC. Para começar, é primordial folhear, apreciar, ler e entender a estrutura dos jornais. Afinal, quais são os objetivos deles? São inúmeros em circulação pública e cada um tem sua particularidade, seja no conteúdo, na linguagem ou nas imagens. Para essa atividade, vamos seguir a habilidade sugerida pela BNCC, pois em seu documento normativo do Ministério da Educação (MEC) ela aborda elementos do jornalismo em vários aspectos, sugerindo que os professores de língua portuguesa podem desenvolver em suas propostas pedagógicas gêneros textuais, entre eles: poemas, crônicas, notícias, reportagens e textos científicos. Na prática, a Base traz algumas habilidades a serem desenvolvidas nas linguagens, como produzir resenhas críticas, mas também desperta atenção em novas ondas de acontecimentos, como as fake news. Por isso, um dos tópicos sugere analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, a análise da formatação, a comparação de diferentes fontes, a consulta a sites de curadoria que atestem a fidedignidade do relato dos fatos e denunciem boatos, entre outros. Trata-se, em relação a este campo, de ampliar e qualificar a participação das crianças, adolescentes e jovens nas práticas relativas ao trato com a informação e opinião, que estão no centro da esfera jornalística/midiática. Para além de construir conhecimentos e desenvolver habilidades envolvidas na escuta, leitura e produção de textos que circulam no campo, o que se pretende é propiciar experiências que permitam desenvolver nos adolescentes e jovens a sensibilidade para que se interessem pelos fatos que acontecem na sua comunidade, na sua cidade e no mundo e afetam as vidas das pessoas, incorporem em suas vidas a prática de escuta, leitura e produção de textos pertencentes a gêneros da esfera jornalística em diferentes fontes, veículos e mídias, e desenvolvam autonomia e pensamento crítico para se situar em relação a interesses e posicionamentos diversos e possam produzir textos noticiosos e opinativos e participar de discussões e debates de forma ética e respeitosa Sobre o Campo Jornalístico Midiático (BNCC, p. 140)

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