REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 137
26 Revista Appai Educar Alunos x Escola: as inten- ções empreendedoras A temática se faz presente há muito tempo, mas somente a nova geração tem contato imediato com este universo. Isso se deve também à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que indica prioridade na abordagem deste assunto. Portanto, trazer essa realidade empreendedorapara o mundo do aluno pouco a pouco fará com que esse conceito se torne próximo. Quando a metodologia pedagógica tem essa preocupação, ela cria atividades que são ca- pazes de favorecer o desenvolvimento desse tipo dementalidade. Por outro lado, não podemos esquecer que a preparação docente é primordial para que o objetivo seja cumprido. Logo,utilizar ferramentas e recursos tecnológicos para diversificar as atividades dentro da sala de aula certamente atrairáa atenção e o interes- se dos alunos. A partir disso, é preciso “brincar” com as possibilidades e sugerir missões diferentes. A grande sacada é usar o ambiente acadêmico para ir além do material didático tradicional. Assim, cada um desenvolve seu potencial de criação, ou seja, os alunos passam a ter mais autonomia no pro- cesso de aprendizado. Nesse sentido, a escola pode escolher entre inserir disciplinas específicas na sua grade ou pro- moveroportunidades em todas as aulas, além de encontros extras. O essencial écolocar o estudante em uma posição mais ativa e proporcionar uma educação empreendedora, que seja útil para a atua- ção profissional no futuro. Para Janaína Oliveira, professora do funda- mental II na disciplina de matemática do Instituto de Educação, em Porto Alegre, a prática empreen- dedora na educação está relacionada a uma ideia inovadora no mercadode ensino, que se propõe a estimular o desenvolvimento de habilidades que são comuns aoempreendedor. “Na verdade, é como enxergar que empreender é um processo constante de aprendizagem”, ratifica. Empresas já consolidadas também precisam lidar com no- vos desafios a todo momento e se reinventar paracontinuar em um caminho de sucesso. Na escola, o problema é que o risco tende a ser visto como uma coisa negati- va e que foge do padrão de ensi- no convencional, no qual os erros são sempre “punidos” com notas baixas. “Os alunos que são avalia- dos dessa forma não têm espaço para se desenvolver além do que é proposto”, exemplifica Janaína, acrescentando que umaeduca- ção empreendedorapreza por estimular o pensamento crítico, a análise de problemas mais complexos e a busca por soluções inteligentes para eles.
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