REVISTA APPAI EDUCAR- EDIÇÃO 136
Revista Appai Educar 31 A escola foi construída em modelo de parceria público-pri- vada pela ThyssenKrupp CSA, o governo estadual e a prefeitura do Rio de Janeiro, em um dos bairros com baixo índice de de- senvolvimento humano da cida- de. A unidade, que desde a cons- trução visou reduzir em até 40% o consumo de energia, passou por uma série de inspeções que ates- taram a eficácia das mais de 50 medidas voltadas para maximizar o aproveitamento dos recursos naturais e a eficiência energética. Além de energia solar e coleta seletiva, a unidade escolar tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sa- nitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia. Outros aspectos são o pavi- mento permeável no estaciona- mento, que permite a passagem de água e ar, evitando bolsões, e o telhado verde, que além da ve- getação para diminuir a absorção de calor e reabsorver a água da chuva também é utilizado como espaço de aprendizagem. Por fim, a unidade é totalmente acessível para pessoas com necessidades especiais de locomoção, apresen- tando portas mais largas, pisos táteis, rampas na inclinação cor- reta e inscrições em braile. De acordo como diretor Valnei Alexandre, a gestão escolar assu- miu o desafio de fazer acontecer umEnsinoMédio integral, voltado para a administração, dentro de umprédio sustentável. Alémdisso, romperamo estigma de que ape- nas os professores de determina- das disciplinas, como a biologia, poderiamatuar nesses projetos. “No telhado verde, enquanto o professor de educação física ajuda os alunos no trato das plantas, o docente de química trabalha com a questão das pragas. Em física e matemática, a turma estudame- didas e estratégias para replicação domaterial. Umamesma ativida- de acaba sendo usada emdiversas áreas”, exemplifica o diretor. As professoras Michélle San- toro, de artes, e Elaine Loureiro, de biologia, por exemplo, incen- tivam as turmas do terceiro ano a recolherem pneus usados para produzir e espalhar poltronas pela escola. “Aproveitamos que temos muitas borracharias na avenida Brasil, que fica aqui perto do colégio. Mas a questão é muito maior. Temos projetos que auxi- liam na educação ambiental, mas o aluno também precisa enten- der qual é o lugar dele no mundo. Prezamos muito pela sustenta- bilidade nas relações interpes- soais”, ratifica Michélle. Valnei Alexandre ainda enal- tece o projeto: “Deixamos claro para os nossos alunos que as ações sustentáveis também estão no respeito, emmanter os am- bientes limpos e conviver bem com os colegas”.
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