REVISTA APPAI EDUCAR- EDIÇÃO 135
Revista Appai Educar 44 A estudante Amanda Montemor conta que está animada para ingressar no Ensino Médio com essa nova estrutura. “Acredito que será uma boa experiência e uma ótima proposta mediante o que já ouvimos e lemos a respeito. É claro que o aprendizado amplo nas principais áreas é importante, mas fazer um ensino técnico e poder focar em apenas uma emque se tem mais facilidade abre muitos caminhos para que você possa explorar seus pontos fortes sem precisar, necessariamente, focar tanto em áreas que não são do seu interesse e você sabe que não tem um bom desempenho”, relata. A professora de língua portuguesa Neia Albi- no ressalta que, emmeio às altas taxas de abandono e baixo desempenho, o Novo Ensino Médio deverá trazer novas oportunidades ao aluno, “para que ele tenhamais autonomia de escolha e consiga perceber o significado do que está aprendendo. Eu realmente acredito que esse novo modelo busque uma partici- pação mais ativa do estudante, um protagonismo. Uma mudança se faz necessária com urgência. Mo- delos semelhantes já existem em outros países, mas também não podemos nos esquecer de que as esco- las precisamser, de fato, estruturadas, tenham inves- timentos e preparo para que asmudanças realmente ocorram”, pontua a educadora. Já a docente de matemática Eliane da Silva Marinho acredita que as novidades sempre causam desconforto e adaptabilidade. “Uma mudança tão grande precisa vir acompanhada de recursos meto- dológicos para que seu sucesso seja alcançado, caso contrário teremos um ensino cada vez mais exclu- dente. As ideias de uma formação global e ampla são sempre bem-vindas, mas precisamos ter capa- citações para os profissionais de educação, para que cada estudante não se sinta desamparado”, explica Eliane. De acordo com ela, a questão de que cada aluno tem a possibilidade de escolher o seu currículo pode ser um divisor de águas para que haja uma diminuição na evasão escolar. “Isso porque o atual Ensino Médio já está mais do que “O Novo Ensino Médio deverá trazer novas oportunidades ao aluno. Para que ele tenha mais autonomia de escolha e consiga perceber o significado do que está aprendendo” Professora Neia Albino. ultrapassado, com conteúdos obsoletos, defasados e cansativos para todos os envolvidos na aprendi- zagem. Outro ponto a favor é a capacitação técni- ca, principalmente para os alunos com baixo po- der aquisitivo, que quase sempre não dispõem de recursos para se capacitar e entrar no mercado do trabalho de forma mais rápida e direta”, garante. Contudo, a docente pondera que a implanta- ção e implementação do ensino integral requer es- trutura física e acadêmica, e que muitas escolas não possuem nem uma coisa nem outra. “Mas, enfim, como uma educadora que sempre pensa no melhor para meus alunos, devo considerar que a educação
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy MTA5NTc=