REVISTA APPAI EDUCAR- EDIÇÃO 135

11 Revista Appai Educar Atualmente, existem peni- cos que falam, cantam e parabe- nizam a criança, redutores de as- sento, papel higiênico colorido, vasos sanitários de personagens infantis, músicas temáticas. Exis- te todo um mercado estruturado para ajudar as pessoas a lidar com essa questão desde cedo. Porém, nada disso parece ter sido efetivo, é o que mostra uma pesquisa do Ministério da Saú- de, onde é revelado que mais de 71% dos entrevistados não falam sobre o assunto com amigos ou familiares, deixando o tema ape- nas para a área médica. Para muitos, o cocô ainda é umtabu,mas especialistas da saú- de indicam que não falar sobre o assunto com a criança pode acar- retar em repressão e traumas. A quantidade surpreendente de casos de adultos com problemas sérios, constipação crônica e até fobia indica que precisamos falar sobre o cocô desde cedo. Para o pediatra Carlos Eduardo Correa, quando chega- mos na fase adulta desistimos de falar sobre isso exatamente por ele não ser discutido de forma aberta previamente, o que pode acarretar em diversos problemas de saúde, como intestino preso até fobias patológicas. Os pontos citados pelo pe- diatra promovem questionamen- tos que podem ser o pontapé ini- cial paramudar o rumo desse pro- blema. Quando não conversamos sobre esse ponto, também não Dá esse cocô pra mim! permitimos que a criança fale. E para que seja feito, precisamos dar o exemplo. No cotidiano, por muitas vezes o ato de ir ao banhei- ro pode parecer errado em deter- minados momentos, por isso é preciso ficar atento às mensagens que transmitimos aos pequenos. Isabel Gervitz, psicóloga do Laboratório de Educação, le- vanta outro ponto importante quando o assunto é o desfralde

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