REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 131
Revista Appai Educar 5 *Helen Lúcia é especialista em Educação Virtual, pedagoga, professo- ra licenciada de Inglês, professora de Ética, Negócios e Informática. Educação Híbrida: como se adaptar? Opinião Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. Helen Lúcia* A pandemia trouxe muitos desafios para a humanidade. Vimos, mundo a fora, pessoas se re- inventando para se manterem ativas, continuarem trabalhando e estudando. Com os professores, não foi diferente. As mudanças trazidas pela pandemia para a educação, contudo, vão se perpetuar mes- mo quando o “normal” voltar ao normal. Mas será que estamos preparados? Ser professor nunca foi fácil. Buscar renovação constantemente, estar por dentro dos acontecimen- tos atuais, ser sensível aos alunos, não ter seu valor devidamente reconhecido. E agora, mergulhar no universo das aulas virtuais! Mesmo com o retorno das atividades presenciais, o modelo de sala de aula a que estávamos acostumados jamais será o mesmo. As práticas virtuais na escola vieram para ficar, ainda que de forma híbrida. O fato é que, tanto o espaço da classe, como a forma de ensinar, mu- daram, e todos os que fazem parte do processo de aprendizagem precisam se adequar. Como? 1. Aceite a mudança O primeiro passo é aceitar a mudança. 0gno - rar o uso de tecnologias e as ferramentas – muito teis ¶ para o ensino é o mesmo que ficar para trás. Acreditar que existem aulas que não podem ser ministradas de forma diferente é uma prática comum para muitos profissionais. Mas precisamos ter a mente aberta, somos educadores afinal E aceitar que tudo já não é como antes é um passo importante rumo ao sucesso. A sociedade mudou, e sempre muda. Suas de- mandas também. É comum no processo evolutivo. Durante a pandemia, com as escolas fechadas, poderíamos simplesmente cruzar os braços e es- perar a tempestade passar. O ser humano, porém, não é assim, ele evolui. Partir para as aulas virtuais foi uma forma de evolução – não aconteceu de maneira calculada, não atendeu a todos do mesmo modo. Mas nos deu o caminho a seguir. 2. Busque conhecimento Existem diversos cursos sobre educação virtual: cursos livres, especializações e mestrados; cursos gratuitos, pagos; EAD e presenciais. Há diversos aplicativos e sites educacionais, variadas ferramen- tas disponíveis. Se não souber por onde começar, peça ajuda. Assista aulas de seus colegas, troque informações. O conhecimento é sempre bom, e nunca é demais 3. Incentive seus alunos Muitas crianças e adolescentes têm acesso à tecnologia e fazem uso de celular ou um outro dispositivo com perfeição. Mas não utilizam os apli- cativos sugeridos pelo professor, não se motivam a fazer as atividades propostas. Muitos, na verdade, não conseguem entender que o celular não é só ferramenta para lazer, não é apenas para gravar ou assistir vídeos. Poucos sabem de fato realizar uma pesquisa na internet. Cabe a nós, educadores, apresentar um caminho diferente para nossos alunos. Mostrar que a aula virtual vai além de sentar em frente n tela do compu - tador e ouvir o professor falar. É preciso que esse es - tudante do outro lado da tela sinta-se envolvido. Para tal, precisamos conhecer bem a ferramenta usada, ainda que esta não permita a interação simultânea. O professor pode lançar mão dos blogs , por exemplo, ou grupos de discussão. Pode ainda usar aplicativos que permitem aos alunos gravarem vídeos em res- posta a uma pergunta feita em aula. Há tantas pos- sibilidades: jogos, pesquisas, nuvens de palavras, e todos com a possibilidade de mensurar os resultados e mostrar para eles o quanto evoluíram! Seja exemplo para seus alunos, aprenda algo diferente e compartilhe com eles. 0ncentive-os a buscar coisas novas sempre Não existe uma fór - mula mágica quando o assunto é educar. /á o nos - so amor pela profissão e pelos nossos alunos que nos motiva a melhorar sempre!
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