REVISTA APPAI EDUCAR - EDIÇÃO 129
Revista Appai Educar 37 36 Revista Appai Educar Por Jéssica Almeida Fotos: Banco de imagens AdobeStock Experimento com arroz A professora de Educação Física Ana Paula Frezatto Martins produziu um experi - mento, conhecido como "a teoria do arroz", criado pelo japonês Masaru Emoto, que está dando o que falar e tem despertado a curiosidade das pessoas, assim como algu - mas críticas. O processo se dá através da utilização de dois potes de arroz cozido. Para uns os alunos têm que dizer palavras positivas e para o outro, negativas. O resultado é surpreendente. A experiência da professora resultou na fermentação natural no pote “do amor”, enquanto no “do ódio” os grãos mofaram. Sentada na quadra com os alunos, Ana Paula in - seriu a quantidade exata de arroz cozido dentro de dois potes e os colocou no meio do círculo formado pela turma. Ela, então, pediu para que as crianças dissessem frases ruins que ouvem no dia a dia. Os estudantes falaram, por exemplo, que o arroz não servia para nada, que era imprestável, burro e que não conseguia fazer nada de bom. O recipiente foi lacrado. Para o segundo vidro, Ana Paula pediu que as crianças dissessem palavras que gostariam de ouvir dos professores, da família e da sociedade em geral. “Eles falaram que são especiais, que conse - guem fazer qualquer coisa, que têm capacidade e inteligência”, afirma a professora. Os dois potes ficaram fechados por dois meses. “É certo que temos que corrigir certas atitudes de nossas crianças, mas a forma como fazemos in - terfere em proporção gigante na vida delas. Com apenas uma palavra, é possível estimular e afagar uma pessoa, assim como se pode magoá-la e pre - judicá-la”, ressalta a educadora. Para a estudante Anita Santini Trevisan, a experiência é de positivida - de. “Quando fala uma coisa boa, como por exemplo ‘você vai conseguir’, a pessoa sente no seu coração que vai conseguir”, enaltece. Ela afirma que, depois do experimento, a sua rotina mudou bastante e que procura ser positiva todos os dias. Já para o estudante Henrique Durante Kloster, que também fez parte do teste, a ação foi de cons - cientização. “Quando a gente fala mal do outro ou da gente, termina se danificando mais do que o es - perado. E acaba não percebendo”, relata. De acor - do com ele, há dois caminhos. “O certo, que eu achei diante da aula, é sempre acreditar em você e falar a parte boa dos outros. Não com os olhos que a gente vê, mas com os do coração”, explica. A teoria de Emoto De acordo com a teoria de Masaru Emoto, cada pensa - mento do ser humano gera uma emoção e uma reação bioquími - ca, que se manifestam no orga - nismo por meio de três sistemas: imunitário, nervoso central e endócrino. Para testar a teoria, o cientista congelou água em frascos de vidro com palavras escritas voltadas para o líquido. Depois, fotografou os cristais formados sob a influência dos termos negativos e positivos. Tirando a prova Após a experiência fazer o maior sucesso pela internet e nas escolas, diversos críticos prontamente colocaram em questão que a atividade não faz parte do projeto curricular, por se tratar de uma atividade ligada a uma “pseudociência”. O Committee for Skeptical Inquiry de Nova Iorque fez o experimento do arroz e os resultados foram completamente di - ferentes, já que outras pessoas tentaram atestar o fato e não conseguiram chegar ao mesmo cenário referido por Emoto. De acordo com Carrie Poppy, do Committee, na primeira tentativa a mensagem que Dr. Emoto passou não deixa de ser válida. Afinal, o que não funciona com alimentos pode muito bem ter efeito com as pessoas. “Falar bom dia, boa tarde e boa noite não faz mal a ninguém, pelo contrário”, revela. E você, professor, qual a sua opinião sobre o experimento? Já pensou em fazer com seus alu - nos? Envie seu relato para o nosso e-mail redacao@appai.org.br . Vamos adorar ler! O resultado demonstrou que os mais belos cristais foram os que receberam palavras de amor e gratidão. O restante, que esteve diante de termos de ódio e ran- cor, ficou distorcido. Sabendo que a água possui uma capacidade para absorver informação na forma de dife - rentes elementos, Emoto quis investigar se ela também poderia registrar alguma coisa a partir das palavras. Foi, então, que ele fez o experimento com arroz. Para atestar que os vocábulos têm poder e tudo o que dizemos influencia as direções de nossas vidas, o japonês conseguiu pro - var que o amor, o ódio e o des- caso, quando proferidos, fazem toda a diferença. Mesmo com questionamen - tos de cientistas e céticos, o experimento de Masaru Emoto consegue abordar, de uma forma alusiva, que as palavras, assim como a energia que depositamos em algo ou alguém, fazem tudo ao nosso redor caminhar para o que realmente acreditamos.
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