Revista Appai Educar - Edição 128
22 Revista Appai Educar que atua nos anos iniciais do Ensino Fundamental e, durante a pandemia, utilizou as técnicas da Neuroeducação para alfabetizar uma menina com déficit de aten - ção. Isso mesmo! Apesar de todas as limitações relacionadas ao en- sino remoto, a educadora conse- guiu cumprir seu papel com muita dedicação e força de vontade de ambos os lados. Mas antes de contar essa história, vamos explicar de ma- neira simplificada o que é a Neu - roeducação. Segundo Maura, essa abordagem que estuda o funcionamento do cérebro asso - ciado aos processos de aprendi- zagem consiste basicamente na consideração da individualidade do aluno. “Suas particularidades/ especificidades e o respeito ao tempo de aprendizagem de cada estudante, pois cada um apren- de em momentos diferentes e de uma maneira própria. E partindo do princípio de que a aprendi - zagem está estreitamente ligada à memória e às emoções, além de envolver aspectos biológicos, sociais e psicológicos, entendo que a primeira ação que deve - mos tomar enquanto educadores é criar vínculos afetivos com nossos alunos e familiares”, ex- plica Maura. Ela cita ainda uma frase de Gordon Neufeld, que diz: “Crianças aprendem melhor quando gostam de seu professor e quando sabem que ele tam - bém gosta delas”. Um exemplo disso é fazer com que os peque - nos acreditem que são capazes. Olhar nos olhos deles e dizer: “Eu acredito em você!” ou ainda através de palavras de incentivo e carinho. “Elogiar e destacar as habilidades das crianças. E, quando for necessário, chamar atenção, fazer isso brincando, firme, mas de maneira carinhosa e respeitosa”, afirma. Maura ressalta que, para dar início a esse processo, é ne- cessário ter conhecimento e boa vontade. “Quando um educador é apaixonado pelo que faz, os recursos surgem ou nós profes- sores criamos e/ou adaptamos, de acordo com a necessidade de cada aluno e também partindo do interesse de cada criança. E quando existe o vínculo afetivo e a ludicidade, onde a aula se torna prazerosa, o ensino-aprendiza- gem acontece mais rapidamen- te”, garante a educadora. Raissa aprendeu a ler e escrever no celular
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