Revista Appai Educar - Edição 128

14 Revista Appai Educar Mãos à obra! Até aquele momento o que a escola tinha era apenas uma sala de brinquedos que precisava passar por uma reorganização. Não satisfeita, toda a equipe começou um grande movimento de transformação abraçando a ideia. Então cada professor estimulado foi trazendo peças para montar a sala de artes, conta Fabrícia. “A ideia é que tivéssemos um ambiente em que fosse possível o desen- volvimento de atividades gestuais, verbais, onde o aluno estivesse voltado totalmente para as práticas das artes visuais”, ressalta. Como todo bom brasileiro que não desiste nunca, a falta de recursos disponíveis não foi suficiente para desanimar ou desmotivar os professores, conta uma das docentes emocionada com o resul- tado dessa iniciativa. Tudo pronto, faltava uma maneira simbólica de identificar aquele novo espaço tão cheio de afeto e esperança. “A sala recebeu com muito carinho o nome de um antigo aluno falecido, que está sendo preservado a pedido de sua mãe. No final, a sala de artes estava completa. A ideia cresceu e resolvemos também fazer em outro ambiente um cantinho destinado à leitura”, destaca Fabrícia. A pós um longo período longe da sala de aula, o retorno das crianças de 2 a 4 anos da Creche Municipalizada Urias, localizada em Parque Maitá, distrito de Piabetá, em Magé, foi marcado por um ambiente em que a arte de brincar, acolher, colorir e sorrir as aguardavam de braços abertos. Com o objetivo de criar um espaço acolhedor onde as crianças pudessem retornar às aulas de forma que encontrassem um am- biente seguro, caloroso, mas favorável ao desenvolvimento das práticas pedagógicas, a equipe docente da creche, juntamente com a direção, recriou a sala de artes de forma lúdica. De acordo com a gestora escolar Fabrícia Rocha Corrêa Berto, no início do ano letivo, antes mesmo dos alunos iniciarem as aulas, foi proposto aos 14 professores da instituição a criação de um ambiente motivador para o retorno às aulas. “Pensa- mos exatamente no lugar onde a creche está inserida, sem acesso a teatro, cinema ou museu, onde não existe a cultura e prática das artes. Então começamos a imaginar um ambiente lúdico, prazeroso e que também fosse favorável ao desenvolvimento de habilidades motoras e visuais”, relembra Fabrícia.

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