REVISTA APPAI EDUCAR EDIÇÃO 127
Trabalhando com encartes de supermercado Foi proposto que montassem individualmente o quebra-cabeça do esqueleto humano, em tamanho reduzido no caderno de desenho. No segundo mo- mento, os pequenos foram agrupados em trios para pesquisarem nos encartes alimentos ricos em cálcio. Eles recortaram várias figuras e colaram em torno do esqueleto montado por eles próprios. “Utilizamos também tablets para acessar a internet, como recur- so de ampliação da pesquisa”, explicou a professora. Participação surpresa Sérgio Curto, fisioterapeuta e pai da aluna Karine, foi convidado pela escola para conversar com a turma e responder algumas perguntas sobre a função dos ossos e a importância de mantê-los fortes. No atual momento que estamos vivendo, essa participação pode ser feita de forma on-line . Segundo a educadora, os alunos ficaram alvoro - çados e curiosos com o visitante, que também ensinou os nomes de ossos do corpo. As crianças participaram ativamente realizando perguntas e no final do dia levaram para casa uma pesquisa: quais alimentos roubam o cálcio dos ossos? A prática da pesquisa teve como um dos objetivos ampliar o repertório de informações dos estudantes sobre o assunto para suas produções textuais. A pesquisa As crianças compartilharam o resultado de sua pesquisa e descobriram que algumas das coi- sas que eles mais gostam de comer estão entre os vilões da nossa saúde, como, por exemplo, o chocolate, a batata frita e o refrigerante. Afinal, se esses alimentos são consumidos em excesso, di- minuem a capacidade do organismo de absorver o cálcio. “O resultado dessas descobertas teve bas- tante repercussão no cotidiano das crianças, que desse dia em diante passaram a ser mais seletivas na compra da merenda na cantina da escola e tam- bém a tomar conta do que os outros comiam”, re- lata a professora. Após apresentação da pesquisa, passaram aos textos. 2 7 Revista Appai Educar Produção de texto escrito Na sétima etapa do projeto, a prioridade foi a pro- dução escrita em si. As crianças desenvolveram seus textos com autonomia, sem se preocupar, inicialmente, com aspectos gramaticais e ortográ- ficos. Após a produção individual, foram fotografa - dos e compartilhados com a turma para correção coletiva. Juntos observaram os trabalhos e em seguida foi proposta a construção de um quadro comparativo com duas colunas de palavras: uma listando aquelas de maior recorrência de erro (no uso de “s” e “ss”) e outra corrigida. Reescrita A última etapa do projeto foi marcada pela leitura individual dos textos de cada aluno em voz alta. Em seguida, conversaram sobre a legitimida- de de algumas informações neles contidas, como por exemplo a citação do sal e do arroz como fontes de cálcio. A educadora conta que, após o projeto, houve um crescente inte- resse das crianças em saber mais sobre o valor nutricional do que consumiam em casa. As famílias relataram que, nas idas aos super- mercados, eles retiravam os produ- tos da prateleira para ler os rótulos
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