REVISTA APPAI EDUCAR EDIÇÃO 127
Educação em Direitos Humanos: uma lição plural Ainda bastante invisível aos olhos do cidadão e à luz do entendimento do que se trata, a Educação em Direitos Humanos move-se na permanência, continuidade e globalidade da educação, a fim de atingir valores essenciais que perpassem a teoria e sejam transformados em práticas. No Brasil, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Educação em Direitos Humanos começa a ganhar força, espaço e reconhecimento nas práticas do sistema de ensino brasileiro, nas mais variadas propostas educacionais pautadas nesses valores universais. Na década de 1990, surgem as versões iniciais do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Mas é em 2003 que o documento apresenta a versão PNDH-3 p autando de maneira direta uma trilha de orientação, cujo conteúdo versa a promoção e garantia da Educação e Cultu - ra em Direitos Humanos. Saiba mais em Conselho Nacional de Educação. Uma aula em andamento Contudo, assim como ao redor do mundo, ain- da há muito para se aprender pela sociedade e co- munidade escolar, uma vez que todo esse conheci- mento e aplicabilidade deve abranger, igualmente, educadores e educandos, como sempre relatou Paulo Freire. Nesse espiral, ainda muito envolto nas enrai- zadas violações dos Direitos Humanos, compete à educação, através da escola e seus sistemas de ensino, assumir o papel formal de reposicionar esse aqueduto histórico dos permanentes ataques a esses direitos nas esferas geográfica, social, polí - tica e econômica junto à sociedade brasileira. 09 Revista Appai Educar Essa compreensão de que a cultura dos Direi- tos Humanos é um dos alicerces para a mudança social é parte fundamental dessa narrativa da Educação mundial. A colaboração de professores, gestores, pais, alunos, comunidades e meios de comunicação – seja através da realização de proje - tos pedagógicos o u da divulgação de seus resulta - dos formatados nas atividades, debates, reuniões e diálogos com a sociedade – deverá não somente aprofundar e ampliar o olhar de todos acerca do tema, mas, sobretudo, sustentar e vivificar a cultura de direitos democráticos entre todos os cidadãos. Armandinho e a Declaração Universal dos Direitos Humanos
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