Revista Appai Educar - Edição 123

Revista Appai Educar 42 Folclore brasileiro: um patrimônio cul- tural A transmissão oral acerca do folclore, um viés importante na sua preservação, nunca foi tão oportu- na como nesse momento em que muitos pais estão trabalhando home office e passando mais tempo com seus filhos. Sabemos que a diversidade de uma nação é uma de suas maio- res riquezas social e cultural. Entre - tanto não temos o hábito de estimu - lar essa parte da cultura na mesma proporção das festas populares, por exemplo. No Brasil, essa mescla de trajetórias de cada região costuma ganhar mais visibilidade no meio do ano, quando se comemoram os festejos juninos, julinos e agostinos, que é também quando se homena - geia o folclore, no dia 22 de agosto. Conteúdo interdisciplinar Além de algumas comunidades e regiões que mantêm acesa a chama dessa tradição, passa- da de geração a geração, as escolas são as gran- des porta-vozes dessa cultura por utilizarem esses conteúdos como fonte de ensino-aprendizagem interdisciplinar, seguindo a orientação da BNCC. No mês de junho, mesmo com o isolamento social, quase todas elas realizaram seus festejos juninos com muita criatividade, a fim de que essa diversidade seja cada vez mais explorada pelos professores junto aos seus alunos. Nesse horizonte, alguns personagens do folclore brasileiro ganharam ainda mais espaço, sobretudo entre as turmas da Educação Infantil, vi - sando a alfabetização através de materiais lúdicos utilizando essas figuras como fonte de atividades. Permeado de muita narrativa regional, esse con- junto de personagens – Mula-sem-cabeça, Iara, Saci-Pererê, caipora, curupira, boto-cor-de-rosa, Negrinho do Pastoreiro, cuca, boitatá, cobra-gran - de, vitória-régia, cumadre fulozinha, lobisomem e a erva-mate – nasceu da imaginação coletiva de um povo sendo realimentada através das obras literá - rias de geração a geração.

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