Revista Appai Educar - Edição 123

28 Revista Appai Educar papel. Por exemplo, ela escreve, como dizemos, “subindo morro” e “descendo o morro”, não respeita a margem, às vezes não fecha o “o”, não corta o “t”, não coloca o pingo no “i”, não faz o traçado da letra de forma correta, chegando muitas vezes a ser ilegível. A criança costuma misturar a letra maiúscula com minúscula, letra de forma com letra cursiva, enfim, ela apre- senta uma dificuldade visomotora. Na hora de copiar ela olha para a lousa e, quando vai escrever, pula linhas, pala- vras. O tamanho das letras pode ser ora muito grande, ora muito pequeno. É uma escrita não uniforme. Vale dizer que no diagnóstico as alterações tônico- -posturais da criança são avaliadas. Por exemplo: a manei- ra com que ela pega o lápis e sua postura diante da mesa. DISORTOGRAFIA Na disortografia, os tipos de erros que a criança comete estão relacionados com a ortografia das palavras. É muito comum que, até o 2º ano, as crianças façam essas confusões ortográficas, prin- cipalmente entre os sons e as palavras, pois ainda não estão dominados por completo. São erros bem mais sistemáticos, totalmente voltados para a ortografia, como por exemplo: o uso do L e do LH, troca o X pelo CH, troca o J pelo G, erra o uso dos “Ss” e “ss”, comete erros na acentuação, ou seja, tudo está relacionado aos problemas ortográficos. “Bem diferente, por exemplo, da dislexia, onde as alterações da escrita são muito mais inconsisten- tes, o que só se consegue diferenciar a partir do 3º ano, quando as crianças estão com 8 anos mais ou menos. Quando esses casos persistem em uma frequência muito grande, aí conseguimos avaliar e fazer o diagnóstico”, explica a especialista.

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