Passeando pelas orações subordinadas

Por Sandro Gomes*


orações subordinadas

Nessa primeira edição do ano, vamos abordar um assunto que tem sido objeto de muito interesse por parte dos leitores dessa coluna: as orações subordinadas. Assim, passamos agora a conhecer as suas modalidades, que são a adjetiva, a adverbial e a substantiva. 

Em primeiro lugar, cabe lembrar que subordinadas são aquelas orações que atuam em função de uma outra, que é a principal. Vamos a um exemplo. 

Ele estudou mais tempo, a fim de ter certeza absoluta da questão. 

Repare que a primeira oração constitui uma informação autônoma, que poderia ser citada sozinha, enquanto a segunda, para formar sentido, só poderia estar articulada com a primeira. Dito isso, vamos ver os tipos de orações subordinadas. 

 

Subordinadas adjetivas 

Como o nome já informa, essas orações têm o valor de um adjetivo. Veja. 

As pessoas que pensam tendem a levar vantagem. 

Note que que pensam pode ser substituído, por exemplo, por pensantes, que é um adjetivo. Esse tipo de subordinada pode ser classificado em restritiva e explicativa. 

As restritivas limitam o significado de um termo: 

Crianças que estudam são mais espertas. 

Já as explicativas revelam uma informação sobre algum termo da oração: 

O Brasil, que é o maior país da América do Sul, liderou o bloco. 

 

Subordinadas Substantivas 

Atuam como substantivos realizando nas orações as várias funções sintáticas. 

Tenho urgência de que me contratem. (complemento nominal) 

Desejo que sejas muito feliz. (objeto direto) 

Nosso objetivo era de que nos convidassem. (predicativo do sujeito) 

Subordinadas Adverbiais 

Nesse caso, o papel desempenhado pela oração é o de advérbio. 

Vamos embora, já que está tão ocupado. (ideia de causa) 

Se se dedicar, poderá estar entre os melhores. (ideia de condição) 

Fiquei preocupado quando você descreveu a situação. (ideia de tempo) 

Há casos em que o verbo está apenas subentendido, o que não deixa de caracterizar a condição de subordinada. Veja esses exemplos. 

O rapaz era mais estudioso que seu amigo (era). (adverbial comparativa) 

Realizamos a tarefa, segundo o (que foi) especificado. (adverbial conformativa) 

Amigos, sobre orações subordinadas é isso. Na próxima edição voltamos com mais um tópico interessante da Língua Portuguesa. Até a próxima, pessoal! 


*Sandro Gomes é graduado em Língua Portuguesa, Literaturas brasileira, portuguesa e africanas de língua portuguesa, redator e revisor da Revista Appai Educar, escritor e Mestre em Literatura Brasileira pela Uerj.


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