Como tornar suas aulas de ciências ainda mais divertidas

Professor faz o maior sucesso nas suas aulas de ciências e é nota 10 quando o assunto é criatividade. Confira algumas dicas e inspire-se!


Todo educador sabe a importância de trabalhar com estratégias pedagógicas focadas no aspecto lúdico. Afinal, o estímulo recebido durante as atividades faz com que o aluno consiga desenvolver a criatividade, permitindo resolver problemas de maneiras diferentes e facilitando a adaptação da pessoa a qualquer situação. A Revista Appai Educar conversou com o professor de ciências Lucio Panza, que desenvolve diversas atividades nas escolas municipais em que leciona e que podem servir como inspiração para você. Confira!

 

Portfólio geográfico

A ideia dessa atividade é explorar as primeiras noções de espaço geográfico e facilitar a compreensão do conteúdo curricular através de uma atividade lúdica, construtivista e descontraída. Para isso, você vai precisar de: moldes com as fichas de papel A4, lápis preto, lápis de cor, papel kraft e cola.

Os alunos receberão duas folhas A4 de molde das fichas com as legendas dos espaços (minha rua, meu bairro, minha cidade, meu estado, meu país, meu continente e meu planeta) para recortar e pintar. O primeiro passo é começar a escrever os nomes desses espaços e depois fazer a colagem dos recortes das fichas de modo que fique em forma de escadinha, ou seja, em ordem crescente para a compreensão da questão de tamanho, expansão e território. Na capinha do portfólio é legal colar uma foto 3×4 do aluno ou ele pode se autodesenhar. Para finalizar, crie um mural expositivo dos portfólios.

 

Mapeando o cérebro humano

Nessa atividade, a ideia é dar a base de neurociências e auxiliar no ensino das funções e localizações das estruturas corticais, além de estimular a criatividade e a coordenação motora. Para isso, você vai precisar de: folhas de papel A4 com a imagem, linhas de lã coloridas, tesoura e cola.

Os alunos receberão uma pequena ficha com as legendas coloridas das funções relacionadas às determinadas estruturas corticais do cérebro, uma folha A4 com a imagem da cabeça de uma pessoa do sexo masculino e de outra do sexo feminino e linhas de lã nas cores da legenda para montagem do cérebro por dentro. Tudo para tratar a questão de uma maneira lúdica e divertida, contextualizando com situações e ocasiões comuns ao dia a dia.

 

A origem da vida em história em quadrinhos

O intuito dessa atividade é propiciar, através das histórias em quadrinhos, novas formas de ensino e aprendizagem na disciplina de ciências, com a finalidade de contribuir para melhoria da qualidade do ensino. A tarefa também desenvolve a criatividade e a coordenação motora dos alunos. Para isso, você vai precisar de: folhas de papel A4 com as tirinhas vazias, lápis preto e lápis de cor.

O professor deve permitir uma abordagem distinta dos acontecimentos, misturando os fatos concretos com o que há de fantasia ou ficção e utilizar como parte de uma discussão introdutória sobre o conteúdo. O texto das tirinhas é uma adaptação da Hipótese Heterotrófica (uma das linhas de pensamento – podendo-se usar as outras) com linguagem mais simples e acessível à faixa etária e, através dele, os alunos podem construir por meio de desenhos a referida hipótese.

 

Riquezas minerais do planeta Terra

O objetivo dessa atividade é proporcionar a investigação científica e simular um ambiente museológico e laboratorial, além de reconhecer a presença e o uso dos minerais observados no nosso cotidiano. Para isso, você vai precisar de: uma coleção com as gemas de 180 pedras e minerais, relatório, lápis e caneta e manuais de pedras e minerais.

Os alunos se organizarão em grupos e cada um deles receberá diversas amostras dos minerais e uma ficha de relatório de aula prática. Cada estudante escolherá um mineral para investigação e pesquisa. O ponto de partida é a catalogação, onde o aluno, a partir da observação, descreve o nome e a origem da amostra do mineral. A segunda etapa é estabelecer os primeiros contatos interdisciplinares com a matéria de química onde o aluno poderá identificar a composição, a cor e a raridade da amostra do mineral. A terceira etapa é a reprodução em cores dessas amostras, com os estudantes podendo desenvolver suas habilidades artísticas. A quarta etapa consiste na contextualização das propriedades de uso do mineral observado e suas ocorrências no dia a dia.

 

Exposição em cordel dos problemas ambientais na comunidade local

A ideia aqui é identificar os dilemas ambientais no entorno da comunidade e propor soluções para melhorias, além de viabilizar a cidadania plena e seu papel crítico na sociedade. Para desenvolver essa atividade, você vai precisar de: smartphones ou tablets, cartolina, barbante e pregadores de roupa.

A proposta de trabalho consiste em fotografar ações que os alunos considerem negativas no ambiente no percurso de sua casa até a escola ou vice-versa. Posteriormente deverão enviar o material para o professor através de aplicativo de mensagens ou por e-mail (a impressão ficará a cargo do docente). Em classe, os estudantes, com a orientação do professor, selecionarão as fotografias e colarão na cartolina para emoldurar e expor esse material em cordel. A última etapa é o debate em sala de aula sobre possíveis soluções e melhorias para as ações ambientais negativas que foram encontradas.

 

E você, professor, curtiu essas ideias?

Tem outras sugestões de como abordar a disciplina de maneira lúdica em sala de aula? Envie o seu projeto ou ideia para a nossa equipe através do e-mail redacao@appai.org.br. Vamos adorar conhecer!


Por Jéssica Almeida
* Lucio Panza é especialista no ensino de Ciências e Biologia pela UFRJ e Biociências e Saúde pela Fundação Osvaldo Cruz. Atualmente leciona na Escola Municipal Getúlio Vargas em Bangu, onde desenvolve projetos, presta consultoria e assessoria pedagógica para o grupo Somos Educação.
Contato: professorpanza@gmail.com.
Fotos: Banco de imagens gratuitas do Freepik e cedidas pelo professor.


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