Sala de aula inclusiva

No Dia Mundial do Braile entenda a importância de desenvolver projetos que incluam todos os alunos


O Braile é um instrumento essencial na vida de milhares de indivíduos em todo o planeta, já que permite que pessoas cegas ou de baixa visão tenham acesso à informação e ao conhecimento. Em 2018, a ONU decidiu dedicar o dia 4 de janeiro ao sistema comunicativo, como forma de reconhecer a importância do uso dessa linguagem para a plena realização dos direitos humanos e liberdades fundamentais. Que tal aproveitar a ocasião comemorativa e abordar a temática em sala de aula?

A data escolhida é uma homenagem ao aniversário do francês Louis Braille, criador do sistema de escrita e leitura tátil para pessoas com deficiência visual. Ele perdeu a visão quando era criança, tinha 3 anos de idade, em um acidente enquanto brincava na oficina de seu pai. Feriu-se com um objeto pontiagudo em um dos olhos e a infecção se alastrou ao outro comprometendo totalmente a sua visão.

Anos depois, na busca de facilidades para sua vida e para a de outras pessoas deficientes visuais, Louis criou um programa para ensinar os cegos a ler. E foi dessa vivência dele que surgiu o braile, o sistema de leitura e escrita tátil para cegos. O método de alfabetização é composto por sinais gravados em relevos, que permitem o registro de letras, números e qualquer outro tipo de símbolo necessário para a comunicação.

 

Deficiência visual em números

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no mundo cerca de 36 milhões de cegos e 216 milhões de pessoas com deficiência visual moderada ou grave. No Brasil são mais de 6,5 milhões de pessoas nessas condições. As principais causas para a cegueira são a catarata, a retinopatia diabética, a degeneração muscular, o glaucoma e a cegueira infantil. A ONU avalia que pessoas com deficiência correm maiores riscos de sofrer com as desigualdades, problemas de saúde e dificuldades de acesso à educação e trabalho. Por isso, é necessário investir em projetos de integração e inclusão dessa população.

 

Projetos pedagógicos que deram certo!

Pensando nisso, a Revista Appai Educar compartilha inúmeros projetos ligados a essa temática. Por isso, hoje vamos relembrar algumas dessas iniciativas desenvolvidas por educadores de diversas regiões do Brasil, que trouxeram resultados muito positivos e podem inspirar você nas aulas do dia a dia. Confira essa seleção exclusiva!

Inclusão criativa
A educadora Fabiana Rocha criou gráficos com diversas texturas, pirâmides etárias de Lego, mapas com divisões em linhas e grãos, tudo para incluir um aluno cego nas suas aulas. Clique aqui e descubra como a professora criou esse método com materiais simples e 100% táteis.

Diversidade se aprende na escola
Para colocar em prática um projeto de inclusão foram desenvolvidas diversas atividades que envolveram as crianças com deficiência, onde trabalharam a coordenação motora e a localização espacial. Clique aqui e leia a matéria completa.

Literatura infantil e inclusão
O contato com a literatura desde a infância é extremamente importante e traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento. Por isso, é fundamental tornar o acesso aos livros um direito de todas as crianças, incluindo as que apresentam qualquer tipo de deficiência visual. Clique aqui e tenha acesso a obras literárias com recursos de acessibilidade.

Para conhecer outros projetos ligados ao tema ou demais disciplinas, acesse a página da revista no site da Appai. E não esqueça de enviar o seu projeto para a nossa equipe através do e-mail redacao@appai.org.br. Vamos adorar conhecer seu trabalho e quem sabe divulgar nas próximas edições da revista.


Por Jéssica Almeida
Fontes: Agência Senado e Educa Mais Brasil.
Fotos: Banco de imagens gratuitas do Freepik.


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