Você sabia que as palavras têm poder?

Professora fez um experimento utilizando arroz cozido e palavras de amor e ódio. O resultado é surpreendente. Confira!


Já parou pra pensar nas coisas que você diz durante uma discussão? Já refletiu sobre poder das palavras? Elas podem confortar ou machucar a alma em segundos. Imagine que alguém diz repetidamente a uma criança, ou a você mesmo, que é incapaz! Em 2018, a Revista Appai Educar compartilhou uma matéria que mostrava o real impacto daquilo que falamos. Na editoria Vale a pena ler de novo dessa edição vamos resgatar essa matéria e mostrar como seus pensamentos expressos em palavras podem ajudar ou atrapalhar você nesse período que estamos vivendo. Entenda!

O que você fala ou escuta pode vir da sua mãe, seu pai, um amigo ou um grupo de pessoas ao longo do tempo. A carga pode ser injusta ou exagerada, mas com a repetição o inconsciente acredita nessas palavras. Você acaba se sentindo mesmo uma pessoa sem capacidade, além de poder exprimir também raiva, depressão ou resignação. Para trabalhar esse conceito, uma professora de Curitiba aplicou uma experiência aos seus alunos sobre os poderes positivo e negativo das palavras.

 

Experimento com arroz

A professora de Educação Física Ana Paula Frezatto Martins produziu um experimento, conhecido como a teoria do arroz, criado pelo japonês Masaru Emoto, que está dando o que falar e tem despertado a curiosidade das pessoas, assim como algumas críticas. O processo se dá através da utilização de dois potes de arroz cozido. Para uns os alunos têm que dizer palavras positivas e para o outro, negativas. O resultado é surpreendente. A experiência da professora resultou na fermentação natural no pote “do amor”, enquanto no “do ódio” os grãos mofaram.

Sentada na quadra com os alunos, Ana Paula inseriu a quantidade exata de arroz cozido dentro de dois potes e os colocou no meio do círculo formado pela turma. Ela, então, pediu para que as crianças dissessem frases ruins que ouvem no dia a dia. Os estudantes falaram, por exemplo, que o arroz não servia para nada, que era imprestável, burro e que não conseguia fazer nada de bom. O recipiente foi lacrado. Para o segundo vidro, Ana Paula pediu que as crianças dissessem palavras que gostariam de ouvir dos professores, da família e da sociedade em geral. “Eles falaram que são especiais, que conseguem fazer qualquer coisa, que têm capacidade e inteligência”, afirma a professora.

Os dois potes ficaram fechados por dois meses. “É certo que temos que corrigir certas atitudes de nossas crianças, mas a forma como fazemos interfere em proporção gigante na vida delas. Com apenas uma palavra, é possível estimular e afagar uma pessoa, assim como se pode magoá-la e prejudicá-la”, ressalta a educadora. Para a estudante Anita Santini Trevisan, a experiência é de positividade. “Quando fala uma coisa boa, como por exemplo ‘você vai conseguir’, a pessoa sente no seu coração que vai conseguir”, enaltece. Ela afirma que, depois do experimento, a sua rotina mudou bastante e que procura ser positiva todos os dias.

Já para o estudante Henrique Durante Kloster, que também fez parte do teste, a ação foi de conscientização. “Quando a gente fala mal do outro ou da gente, acaba se danificando mais do que o esperado. E acaba não percebendo”, relata. De acordo com ele, há dois caminhos. “O certo, que eu achei diante da aula, é sempre acreditar em você e falar a parte boa dos outros. Não com os olhos que a gente vê, mas com os do coração”, explica.

 

A teoria de Emoto

De acordo com a teoria de Masaru Emoto, cada pensamento do ser humano gera uma emoção e uma reação bioquímica, que se manifestam no organismo por meio de três sistemas: imunitário, nervoso central e endócrino. Para testar a teoria, o cientista congelou água em frascos de vidro com palavras escritas voltadas para o líquido. Depois, fotografou os cristais formados sob a influência dos termos negativos e positivos. O resultado demonstrou que os mais belos cristais foram os que receberam palavras de amor e gratidão. O restante, que esteve diante de palavras de ódio e rancor, ficou distorcido.

Sabendo que a água possui uma capacidade para absorver informação na forma de diferentes elementos, Emoto quis investigar se ela também poderia registrar alguma coisa a partir das palavras. Foi, então, que ele fez o experimento com arroz. Para atestar que os vocábulos têm poder e tudo o que dizemos influencia as direções de nossas vidas, o japonês conseguiu provar que o amor, o ódio e o descaso, quando proferidos, fazem toda a diferença.

Mesmo com questionamentos de cientistas e céticos, o experimento de Masaru Emoto consegue abordar, de uma forma alusiva, que as palavras, assim como a energia que depositamos em algo ou alguém, fazem tudo ao nosso redor caminhar para o que realmente acreditamos.

 

Tirando a prova

Após a experiência fazer o maior sucesso pela internet e nas escolas, diversos críticos prontamente colocaram em questão que a atividade não faz parte do projeto curricular, por se tratar de uma atividade ligada a uma “pseudociência”. O Committee for Skeptical Inquiry de Nova Iorque fez o experimento do arroz e os resultados foram completamente diferentes, já que outras pessoas tentaram atestar o fato e não conseguiram chegar ao mesmo cenário referido por Emoto.

De acordo com Carrie Poppy, do Cimmittee, na primeira tentativa a mensagem que Dr. Emoto passou não deixa de ser válida. Afinal, o que não funciona com alimentos pode muito bem ter efeito com as pessoas. “Falar bom dia, boa tarde e boa noite não faz mal a ninguém, pelo contrário”, revela.

E você, professor, qual a sua opinião sobre o experimento? Já pensou em fazer com seus alunos? Envie seu relato para o nosso e-mail redacao@appai.org.br. Vamos adorar ler!


Por Jéssica Almeida
Fotos: Banco de imagens gratuitas do Freepik.


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