Pensar fora da caixa é aprender fazendo

Movimento Maker ganha cada vez mais adeptos entre a comunidade escolar


O movimento Maker ou movimento criador retoma um viés de valorização da capacidade humana de fazer coisas que aprimoram a evolução da espécie desde os primórdios. Atualmente as salas de aula, imersas nesse cenário de ensino-aprendizagem prático e mais evolvente, do tipo “faça você mesmo”, têm remetido a comunidade escolar a resolver problemas e buscar soluções de maneira criativa.

Esses conceitos e princípios do Movimento Maker estão profundamente relacionados com a teoria educacional do construcionismo de Maria Montessori, Friedrich Fröbel, John Dewey e outros que promovem o uso de objetos físicos e ferramentas na educação. Mas claro, sem esquecer do construtivismo de Jean Piaget, que relata o conhecimento como uma consequência da experiência.

Para os estudantes do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP), resgatar essa aprendizagem “mão na massa” é evidenciar a filosofia de que todos são capazes de realizar ações, interligadas ou não, nas diferentes disciplinas, com as próprias mãos. “Com a cultura Maker conseguimos estimular a criatividade e a autonomia de nossos alunos, trabalhando conteúdos de forma interdisciplinar”, afirma a diretora Roberta Fardin Bianchi.

Cada vez mais alunos e professores têm se desafiado a encontrar caminhos para praticar esse “fazer com a mão na massa”

A expressão “fora da caixa”, muito usada ultimamente entre as pessoas ao realizarem experiências do como fazer de forma inventiva e desafiadora, ganha força e relevância na educação. Estudos apontam que apenas 15% do conhecimento é retido por meio de aulas teóricas e leitura. Mas esse índice sobe para 75% quando os estudantes aprendem colocando a “mão na massa”.

Cada vez mais alunos e professores têm se desafiado a encontrar caminhos para praticar esse “fazer com a mão na massa”. No Recife, a professora Sandra Amorim usou a criatividade para falar dos 200 anos da Revolução, com uma turma do quinto ano, na Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima.

O projeto, que começou a partir da criação de um jornal, avançou para uma experiência em uma rádio web, a fim de disseminar o conceito radiofônico entre os alunos e, sobretudo, transformar um conteúdo pesado em algo leve e atraente, que pudesse ser compartilhado entre eles e fora dos muros escolares.

“O meu grande desafio era encontrar um caminho para aproximar esse conteúdo da realidade dos estudantes”, explica a professora relembrando que atualmente a rádio continua em funcionamento e novos programas já se encontram disponíveis na internet. “Todo esse resultado é a prova de que, se tivéssemos recuado diante do primeiro desafio, teríamos deixado de viver experiências maravilhosas”, relata Sandra, sem esquecer de enfatizar as muitas parcerias, como a da multiplicadora Mirelle Castilho de Freitas Reis e da equipe do curso rádio escola, que foram fundamentais para que o projeto alcançasse êxito.


Por Antônia Lúcia
Fontes: Taís Hirschmann
Assessoria de Imprensa da Rede Marista de Colégios
Tel.: (41) 3018-3377
Site Porvir: www.porvir.org


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