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Por Tony Carvalho
Praticar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas. Aliada a atividades lúdicas, sua aprendizagem pode ser uma divertida
brincadeira, quebrando o estigma de que a matéria é complicada e desinteressante. Esta é a proposta da
oficina Brincando de Matemático, realizada no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) sempre no segundo domingo
de cada mês. Coordenada pelo professor Carlos Alberto Coimbra, a oficina inclui jogos lógicos e estratégicos,
além de desafios com os números, por meio de problemas que usam apenas as quatro operações
aritméticas.
Cada participante recebe um conjunto de desafios com a missão de resolvê-los sozinho ou em grupo. “O museu
deve ser um espaço que provoque a motivação. Essa oficina, assim como os demais projetos do MAST, possibilita
atividades que surpreendem o visitante. Trata-se de atividades em espaço não formal, pois não estamos
atrelados a uma grade curricular, não exigimos conteúdo dos participantes nem aferimos conhecimento ou entregamos
diploma ao final das atividades. Contudo, ela tem o objetivo de provocar a curiosidade e a criatividade dos visitantes. No momento
da visita, a apreensão de conteúdo não é grande, mas queremos que eles saiam do museu estimulados a
aprofundar o estudo da Matemática”, justifica o professor.
A oficina dura cerca de 60 minutos e é dividida em quatro módulos: brincando com os números – atividade
que explora as propriedades elementares dos números inteiros e racionais; brincando com as formas – que utiliza
conhecimentos de geometria; brincando com os jogos de estratégia – atividade através da qual os participantes
aprendem as regras básicas e tentam elaborar estratégias para alcançar o objetivo; e brincando com os jogos
de lógica – em que o jogador desenvolve um raciocínio para encontrar uma solução para o desafio.
Segundo o professor Carlos Alberto, mesmo atendendo a um público
de diferentes faixas etárias e graus de escolaridade, a oficina oferece atividades que despertam a curiosidade de todos.
“Cada um tem a sua janela de interesse e, para que obtenhamos o engajamento espontâneo, os desafios não podem
ser tão difíceis a ponto de desestimular o participante nem tão fáceis a ponto de provocar o seu
desinteresse. Um indivíduo motivado se engaja mais espontaneamente e aprende com mais facilidade, tanto na escola quanto
fora dela”, afirma.
Carlos Alberto já ouviu depoimentos de jovens e até de adultos falando sobre os receios que tinham da
Matemática e explicando que, após as oficinas, passaram a enxergar a disciplina com outros olhos.
“Às vezes, alguns participantes começam as atividades meio desconfiados, mas, aos poucos,
vão se soltando. Também é importante frisar que a Matemática possui várias
áreas e que cada uma delas pode ser explorada de acordo com as aptidões de cada indivíduo. Há
pessoas com certa inteligência voltada para o raciocínio numérico, outras têm ótimo
desempenho em atividades que exigem habilidade em geometria, com boa noção de espaço. Já vi
pessoas se surpreenderem porque não conseguem superar determinado desafio, mas se saem muito bem em outros”,
explica.
As atividades com jogos despertam grande interesse de crianças e adultos, assim como os desafios de aritmética.
Entre os jogos de lógica, destaca-se o Torre de Hanói, cujo objetivo é transferir peças de um pino
para outros dois pinos sem colocar uma peça maior sobre outra menor.
O Quoridor é um jogo de estratégia em que o participante necessita executar movimentos calculados para chegar do
outro lado do tabuleiro antes do oponente. Já o Surakarta exige visualização e estratégia para
capturar o peão adversário. Os participantes que optam pelos desafios de aritmética recebem um folheto
com 12 problemas. Todos utilizam as quatro operações aritméticas e um pouco de lógica. Se
você se sentiu instigado a participar dos desafios da oficina, basta comparecer, no segundo domingo de cada mês, ao MAST.
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