Pequena África

Um lar histórico da comunidade afro-brasileira


Foi o compositor Heitor dos Prazeres quem batizou de “Pequena África”, no início do século XX, a região composta pelos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, desde a Praça Mauá até a Cidade Nova, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O nome já apareceu em livros, músicas e enredos de escolas de samba e atualmente é usado para circuitos turísticos que promovem o conhecimento da herança africana no Rio. 

Depois que o comércio de escravizados se tornou ilegal no Brasil, indivíduos libertos continuaram trabalhando na região. Na virada do século XIX para o XX, várias pessoas vindas da Bahia e de antigas áreas cafeeiras do Vale da Paraíba também chegaram ao local procurando trabalho e um senso de comunidade. 

Ao chegar, construíram casas simples, centros religiosos, espaços de convívio cotidiano, mobilização política e artística e uma sensação cada vez mais forte de identidade cultural. A Pequena África passou a ser o núcleo da cultura negra carioca e foi nesse contexto que o samba despontou como gênero musical, ganhando visibilidade Brasil a fora. 

Atualmente, o local leva adiante a tradição do samba, das religiões de matriz africana, da gastronomia, do artesanato e outras manifestações culturais e populares ligadas à disseminação africana, como a Pedra do Sal, o Cais e Jardins suspensos do Valongo, a Igreja Negra, o Cemitério dos Pretos Novos e o Largo do Depósito e da Prainha de São Francisco. 

A Appai realiza para seus associados o roteiro que contempla a visitação dos locais que se relacionam com a história da comunidade afro-brasileira. Acesse o site e veja o roteiro completo desse Passeio Cultural. 


Por Richard Günter
Fonte: Pequena África – www.rio.rj.gov.br
Fotos: Prefeitura do Rio 


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