Quando o Rio de Janeiro era a Paris Tropical

Inspirado na Belle Époque, a cidade teve um avanço urbanístico no século XX


No começo do século passado, o Rio de Janeiro era a capital do país e vivia um período de transformações. A nova imagem da cidade era planejada pelo prefeito Pereira Passos, que queria dar ao Brasil características mais modernas, fugindo da visão de atraso, de país escravocrata. O governante se inspirou em Paris para fazer as reformas urbanísticas no Rio, construindo praças, ampliando ruas e criando estruturas de saneamento básico. Entre as principais heranças da sua gestão estão o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

A reforma urbana, período conhecido popularmente como “Bota-abaixo”, visou o saneamento, o urbanismo e o embelezamento, dando à Cidade Maravilhosa um ar moderno e cosmopolita, passando a ser chamada carinhosamente de Paris Tropical, principalmente por sua influência do período Belle Époque, uma época áurea em grande parte pelos avanços científicos e tecnológicos, os quais tornaram a vida cotidiana mais fácil, bem como firmaram a crença de prosperidade e esperança no futuro.

Por outro lado, foi nessa época também que muitas favelas surgiram. Com a destruição dos cortiços na região central, parte das pessoas foi para a periferia da cidade e a outra parte subiu o morro, formando as atuais comunidades. O caso foi, inclusive, retratado na novela Lado a Lado, da Rede Globo, em que vários personagens foram forçados a deixar suas habitações e partir para o Morro da Providência.

A Appai, através do benefício Passeio Cultural, revive esse legado urbanístico deixado pela República com o roteiro “Quando o Rio era Paris”. O circuito tem início em frente ao Teatro Riachuelo, de onde segue rumo a uma viagem histórica, explorando diversos pontos importantes do entorno, como o Passeio Público, a Praça Mahatma Gandhi, a Academia Brasileira de Letras, o Palácio Gustavo Capanema, o Museu Nacional de Belas Artes, o Monumento a Floriano Peixoto, o Palácio Pedro Ernesto e a Biblioteca Nacional, oferecendo a oportunidade de se apreciar a arquitetura e a influência francesa presentes nessas construções, além de admirar as reformas urbanas que abriram passagem no início do século XX.

Durante o passeio, os associados experimentam momentos especiais de contemplação e aprendizado, sendo levados a refletir sobre a Belle Époque e a imagem do Rio como a Capital Federal.


Por Richard Günter
Fonte: Visit.Rio | Theatro Municipal
Fotos: Ascom/ Theatro Municipal


Deixar comentário

Podemos ajudar?