Cascatinha Taunay


O Parque Nacional da Tijuca, sob o relevo montanhoso da cidade do Rio de Janeiro, propicia a formação de belas cachoeiras para a alegria dos visitantes. A Cascatinha Taunay é, na opinião da maioria das pessoas, a mais bonita de todas elas. Com uma queda d’água de 35 metros, uma ponte de pedra e uma piscina natural, o local, além de ser uma opção para os dias quentes do Rio, é também recheado de história.

Em 1860, o engenheiro Job de Alcântara foi encarregado pelo Governo Imperial de construir a bela ponte de pedras, em formato de arco romano, que fica em frente a esse monumento natural. A mais alta cascata do parque é formada pelas quedas d’água dos rios Tijuca, Conde e de outros afluentes. Em 1817, o artista Nicolas Antoine Taunay construiu uma pequena casa perto da cascatinha e, encantando, imortalizou a beleza da cachoeira em seus quadros. Ele se tornou o grande anfitrião da floresta, organizando reuniões para a corte. A casa de Taunay foi demolida em 1946.

Na época do império, a região foi desmatada para abrigar o plantio de café, mas como esse tipo de cultura necessita de um alto insumo de irrigação, o local, além de desmatado, ficou praticamente seco, afetando o abastecimento de água nos bairros da Lapa e Centro. Ao perceber o problema, a Família Real Portuguesa determinou que o plantio fosse realocado para o sul do estado e que fossem replantadas mais de cem mil unidades de árvores na Floresta da Tijuca. Hoje recuperada, recebe inúmeros visitantes atrás da sua beleza natural.

Devido ao perigo de acidente, não é permitido o banho embaixo da queda d’água da Cascatinha Taunay. O público pode se refrescar apenas no poço conhecido como Job de Alcântara, que homenageia o autor da obra. Esse lugar fica logo abaixo da ponte de pedras de arco romano. Ele é uma piscina natural formada pelas águas da cascata.

Instalado sobre um chafariz feito a partir de uma antiga banheira de mármore de carrara, tida como obra do século XIX, há um painel de azulejos portugueses que apontam os roteiros da floresta. O mapa ilustrativo é de 1946

Devido à grande acessibilidade que o parque oferece, essa cachoeira fica muito cheia aos fins de semana. Por isso, vale a pena chegar cedo a fim de evitar tumultos e curtir bastante esse lugar ou realizar a visita durante a semana.

A Appai, através do Benefício Passeio Cultural, possui um roteiro que contempla essa obra natural. Vale a pena conhecer!


Por Richard Günter
Parque Nacional da Tijuca
Estrada da Cascatinha, 850 – Alto da Boa Vista – Rio de Janeiro/RJ
Entrada pela Praça do Alto
Horário: das 8 às 17h (todos os dias)
Tel.: (21) 2491-1700
Site: parquenacionaldatijuca.rio/
Fotos: Richard Günter


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