Adeus, prova escrita. Bem-vindo, mapa mental!

Professora decidiu aplicar nova metodologia ao perceber que os alunos ficavam tensos com uma avaliação simples


Só em ouvir a palavra “prova”, já se cria uma tensão, né? Os estudantes passam bimestres, trimestres ou semestres estudando uma determinada disciplina com várias temáticas absorvendo todo o conteúdo. Mas sabemos que, na hora da avaliação final, um clima nebuloso, cheio de incertezas, medos e ansiedades toma conta da sala de aula. Ao se colocar na pele do aluno, a professora Célia Aparecida de Matos Garcia, Mestre em Educação, e que leciona na graduação da Fatec de Guaratinguetá, interior de São Paulo, inovou na hora de avaliar os desempenhos na disciplina de Gestão de Equipes. Isso porque ela substituiu uma prova escrita por um mapa mental.

A educadora percebeu que as avaliações tradicionais criavam uma tensão desnecessária nos estudantes e que seria melhor adotar uma forma menos desgastante. A ideia começou a ganhar corpo no início do segundo semestre de 2015, quando ela falou para os alunos que poderia haver ou não uma avaliação no final da disciplina. No entanto, a professora ressaltou que o que seria mais valorizado seria a participação e a contribuição de todos.

De forma coletiva, os alunos completam o mosaico mental colocando suas aptidões

“Quando eu iniciei como professora aplicava uma prova normal, tradicional, no final do semestre. Só que comecei a perceber que as pessoas ficam muito tensas com uma coisa simples. Os alunos participavam das aulas durante o semestre inteiro, então não tinha por que ficarem nervosos, tanto é que todos iam muito bem na avaliação. Por isso, pensei em parar de dar esses testes finais”, conta Célia.

A professora ainda diz que começou propondo atividades individuais para os alunos aprenderem a teoria do mapa mental. Ela levou um mapa pronto para eles verem e, a partir daí, elaborarem para si próprios um sobre gestão do tempo, para exemplificar para eles mesmos o que precisavam fazer para ter maior concentração.

“Funciona assim: no centro do mapa vai o nome da disciplina, e aí os alunos vão puxando tópicos principais das aulas, como liderança, trabalho em equipe, feedback, entre outros. A partir desses eles vão colocando outros itens que se relacionam com os conteúdos. Eu estimulei que usassem a criatividade, figuras, desenhos e outros elementos que achassem interessantes, tudo isso para ficar uma produção mais atrativa”, explica a professora.

Célia Aparecida afirma ainda que a prova escrita não mostra o quanto o aluno sabe na realidade, pois, muitas vezes, ele só estuda para a avaliação, sem conseguir absorver o conteúdo plenamente. “Eu acho muito mais produtivo quando ele participa ativamente durante o semestre todo com sua opinião e a demonstração de conceitos e teorias”, finaliza.


Por Richard Günter
Fontes: Porvir | Globo Educação
Imagens enviadas pela professora e banco de imagens gratuito Freepik

 


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