Educação Híbrida: como se adaptar?

Helen Lúcia*


A pandemia trouxe muitos desafios para a humanidade. Vimos, mundo a fora, pessoas se reinventando para se manterem ativas, continuarem trabalhando e estudando. Com os professores, não foi diferente. As mudanças trazidas pela pandemia para a educação, contudo, vão se perpetuar mesmo quando o “normal” voltar ao normal. Mas será que estamos preparados?

Ser professor nunca foi fácil. Buscar renovação constantemente, estar por dentro dos acontecimentos atuais, ser sensível aos alunos, não ter seu valor devidamente reconhecido. E agora, mergulhar no universo das aulas virtuais! Mesmo com o retorno das atividades presenciais, o modelo de sala de aula a que estávamos acostumados jamais será o mesmo. As práticas virtuais na escola vieram para ficar, ainda que de forma híbrida. O fato é que, tanto o espaço da classe, como a forma de ensinar, mudaram, e todos os que fazem parte do processo de aprendizagem precisam se adequar. Como?

 

1. Aceite a mudança

O primeiro passo é aceitar a mudança. Ignorar o uso de tecnologias e as ferramentas – muito úteis – para o ensino é o mesmo que ficar para trás. Acreditar que existem aulas que não podem ser ministradas de forma diferente é uma prática comum para muitos profissionais. Mas precisamos ter a mente aberta, somos educadores afinal! E aceitar que tudo já não é como antes é um passo importante rumo ao sucesso.

A sociedade mudou, e sempre muda. Suas demandas também. É comum no processo evolutivo. Durante a pandemia, com as escolas fechadas, poderíamos simplesmente cruzar os braços e esperar a tempestade passar. O ser humano, porém, não é assim, ele evolui. Partir para as aulas virtuais foi uma forma de evolução – não aconteceu de maneira calculada, não atendeu a todos do mesmo modo. Mas nos deu o caminho a seguir.

 

2. Busque conhecimento

Existem diversos cursos sobre educação virtual: cursos livres, especializações e mestrados; cursos gratuitos, pagos; EAD e presenciais. Há diversos aplicativos e sites educacionais, variadas ferramentas disponíveis. Se não souber por onde começar, peça ajuda. Assista aulas de seus colegas, troque informações. O conhecimento é sempre bom, e nunca é demais!

 

3. Incentive seus alunos

Muitas crianças e adolescentes têm acesso à tecnologia e fazem uso de celular ou um outro dispositivo com perfeição. Mas não utilizam os aplicativos sugeridos pelo professor, não se motivam a fazer as atividades propostas. Muitos, na verdade, não conseguem entender que o celular não é só ferramenta para lazer, não é apenas para gravar ou assistir vídeos. Poucos sabem de fato realizar uma pesquisa na internet.

Cabe a nós, educadores, apresentar um caminho diferente para nossos alunos. Mostrar que a aula virtual vai além de sentar em frente à tela do computador e ouvir o professor falar. É preciso que esse estudante do outro lado da tela sinta-se envolvido. Para tal, precisamos conhecer bem a ferramenta usada, ainda que esta não permita a interação simultânea. O professor pode lançar mão dos blogs, por exemplo, ou grupos de discussão. Pode ainda usar aplicativos que permitem aos alunos gravarem vídeos em resposta a uma pergunta feita em aula. Há tantas possibilidades: jogos, pesquisas, nuvens de palavras, e todos com a possibilidade de mensurar os resultados e mostrar para eles o quanto evoluíram!

Seja exemplo para seus alunos, aprenda algo diferente e compartilhe com eles. Incentive-os a buscar coisas novas sempre! Não existe uma fórmula mágica quando o assunto é educar. Há o nosso amor pela profissão e pelos nossos alunos que nos motiva a melhorar sempre!


*Helen Lúcia é especialista em Educação Virtual, pedagoga, professora licenciada de Inglês, professora de Ética, Negócios e Informática.
Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira res­­­­­­­pon­sabilidade dos autores.


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