Mesmo com tantos desafios, saiba quais atividades podem ajudar nesse processo tão importante na vida da criança

O Plano Nacional de Educação – documento que estabelece metas e estratégias para a política educacional no período de 2014 a 2024 – definiu que todas as crianças devem estar alfabetizadas, no máximo, até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental, por volta dos 8 anos de idade. Porém, os dados mais recentes da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), de 2016, mostram que menos da metade (45,3%) das crianças nessa faixa de idade tinha aprendizagem adequada em leitura e 66,1% em escrita. E a tendência é que a situação tenha piorado com a pandemia. Por isso, a Revista Appai Educar vai abordar o Dia Mundial da Alfabetização na editoria “Calendário” dessa edição, trazendo dicas e metodologias para ajudar você nesse processo tão importante na vida dos pequenos. Vamos lá?

A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é comemorada no dia 8 de setembro e tem como objetivo que assuntos e questões ligadas à alfabetização sejam discutidas no mundo todo, promovendo um amplo debate sobre a importância dessa ação, principalmente em países que ainda possuem índice de analfabetismo considerável.

Como sabemos, a alfabetização de crianças e adultos desempenha um papel muito importante na sociedade e pode mudar significativamente os rumos de um país. Afinal, quanto maior o acesso do indivíduo a tudo que a leitura oferece, seja do ponto de vista cultural, lazer ou até mesmo pela própria educação, maiores são as chances de conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho e, consequentemente, ganhos salariais mais satisfatórios, o que proporcionará melhor qualidade de vida e acesso a novos caminhos.

Vamos começar a colocar a mão na massa?

Para ajudar nesse processo de alfabetização durante o ensino remoto, especialistas sugerem praticar atividades físicas e inserir na rotina dos pequenos jogos didáticos, de coordenação motora e que estimulem as funções executivas. Ler histórias e criar cartões com palavras simples do cotidiano também são ótimas opções de atividades para auxiliar esse processo de alfabetização infantil.

Uma matéria do blog Estante Mágica sugere como uma opção de alfabetização para o ensino remoto as parlendas. E você, lembra o que são elas? Talvez conheça por outro nome, mas são bastante populares no Brasil. São aqueles versinhos com rimas, cheios de ritmo e jogos de palavras. Um exemplo disso é: se eu cantar “um, dois”, provavelmente você vai completar com “feijão com arroz”. Elas fazem parte da nossa cultura popular e, além de divertir as crianças, podem ser usadas em atividades de alfabetização, pois são textos consolidados na memória que facilitam o entendimento do sistema alfabético. Veja dicas de atividades com parlendas que vão ajudar você nesse processo de alfabetização:

1. As crianças podem brincar, recitar, se desafiar. Separe um tempo da aula para essa brincadeira e deixe que cada aluno recite a sua parlenda para toda a turma ouvir! Isso as leva a refletir sobre o sistema alfabético e avançar em sua aprendizagem. Essa atividade pode ser feita de maneira on-line também, em chamadas de vídeo ou grupos do WhatsApp.

2. Você também pode indicar vídeos com exemplos de parlendas para praticar com seus alunos e sugerir que brinquem em casa com a família. No “Canal Infantil – Contação na Rua”, no Youtube, você tem acesso à playlist “Parlendoteca” com uma lista de mais de 100 vídeos. Além disso, você pode criar um material de leitura em PDF para usar de apoio nas aulas ou enviar por WhatsApp como dica para as famílias. Programe essa atividade de leitura como permanente na rotina da sua turma.

3. Peça para que cada aluno pesquise novas parlendas em casa e ensine para os colegas na próxima aula!

4. Você pode ainda explorar outras linguagens e formatos, propondo que a família da criança grave um vídeo recitando a parlenda. Que tal aproveitar essa ideia também para outras aulas e compor um portfólio digital da turma?

Projetos pedagógicos que deram certo!

Está achando que as dicas acabaram? Que nada! Por aqui, na Revista Appai Educar, já compartilhamos inúmeros projetos ligados a alfabetização. Por isso, hoje vamos relembrar algumas dessas iniciativas desenvolvidas por educadores de diversas regiões do Brasil, que trouxeram resultados muito positivos e podem inspirar você nas aulas do dia a dia, mesmo com o ensino híbrido. Confira essa seleção exclusiva!

Saiba como estimular a leitura na alfabetização remota
Os educadores que preparavam metodologias promovendo a alfabetização com tarefas, jogos e brincadeiras agora podem, e devem incluir, de acordo com anexo da BNCC, ações cotidianas da família para estimular essa aprendizagem. Clique aqui e leia a matéria completa!

Vamos criar fichas para um jogo da memória?
Nessa atividade, as crianças comparam suas produções com as dos colegas, colocam à prova o que sabem e constroem conhecimentos sobre o sistema alfabético. O primeiro passo é produzir fichas para um jogo da memória. E o tema escolhido foi “animais”. Para entender como funciona, clique aqui.

Recursos simples e muita criatividade
Preocupada em não perder o elo e nem o ritmo do ensino dos seus alunos de 3 a 5 anos, uma professora começou a pensar numa forma de levar os conteúdos não apenas de maneira atrativa, mas sobretudo de um modo que gerasse conhecimento para os pequenos em fase de alfabetização. Leia a matéria completa aqui!

Os desafios da alfabetização durante o distanciamento
Você sabia que é na primeira infância que a criança começa a registrar e a desenvolver diversas perspectivas da vida? As lições assimiladas neste período serão levadas para a vida inteira, por isso este é considerado um momento crucial no desenvolvimento. Para saber mais, clique aqui.

Para conhecer outros projetos ligados ao tema ou demais disciplinas, acesse a página da revista no site da Appai (www.appai.org.br). E não esqueça de enviar o seu projeto para a nossa equipe através do e-mail redacao@appai.org.br. Vamos adorar conhecer seu trabalho e quem sabe divulgar nas próximas edições da revista.