Nhac! Um coleguinha mordeu o outro

Como lidar com essa situação na Educação Infantil


Apesar de ser um fato comum que uma criança acabe mordendo a outra no dia a dia de uma creche, tal ato não impede que a gestão da escola infantil possa agir para que isso não se repita. Ainda que sem a má intenção, a mordida não deixa de ser uma agressão, pois provoca dor e deixa marca. Por isso, ela precisa ser combatida. E o primeiro passo é identificar as situações em que acontece.

Margareth Borges, Diretora da Escola de Educação Infantil Cantinho Feliz, em Gravataí (RS), conta que a maioria dos casos ocorre na faixa etária entre dois e três anos. “Quando acontece, o ponto de partida é conversar com as famílias para explicar o porquê das mordidas e assegurar que sejam feitas intervenções pedagógicas para evitá-las, caso precise”.

Recentemente a mídia divulgou um caso no Rio de Janeiro de uma criança que levou 17 mordidas dentro da creche, e nem as professoras, nem as assistentes souberam explicar como aquilo aconteceu.  Como se trata de crianças muito pequenas, elas não conseguem entender o porquê daquilo, da mesma forma que quem pratica não enxerga como uma violência. “Primeiro é confortar a criança ferida e mostrar ao coleguinha o que ele fez. É importante que perceba a consequência da ação, mesmo sem ter tido intenção de machucar”, diz a diretora. Margareth ainda ressalta que dizer frases como “Não pode” ou “Dói”, sem gritar, é uma boa sugestão. “Com isso, eles vão assimilando que morder não é a melhor forma de se comunicar”, explica.

A gestão da Cantinho Feliz opta por conversar com as famílias das crianças que mordem para colocá-las a par do que está acontecendo. “Chamamos os pais e falamos sobre as mordidas, orientando-os a respeito do trabalho desenvolvido na escola e trocando ideias sobre as possibilidades para evitá-las”, relata Margareth. O mesmo procedimento é adotado com relação às crianças que são mordidas. “A gente faz reuniões com os responsáveis para explicar esses fatos”, comenta.

 

VEJA 3 PASSOS INFALÍVEIS

1. Uma conversa inicial:
chame as famílias, diga que as mordidas são comuns na creche, mas que a escola está comprometida em evitá-las. Explique as intervenções feitas nesse sentido.

2. Amparando o aluno:
quando a mordida ocorrer, acalme o agredido e, em seguida, explique para o coleguinha agressor que seu ato resultou em dor e choro, mesmo sem a intenção de machucar. Assim, todos vão compreendendo que morder não é uma boa forma de se expressar.

3. Fique atento:
quem morde deve seguir brincando com os demais. Para tanto, fique próximo, redobrando a atenção e propondo novas formas de diversão. Jamais coloque a criança de castigo.


Por Richard Günter
Fontes: Nova Escola | Criançartes
Escola de Educação Infantil Cantinho Feliz
Rua Rev. Alcides Francisco de Souza, 574 – Morada do Vale III – Gravataí/RS
CEP: 94080-000
Tel.: (51) 3042-6682
E-mail: eeicantinhofeliz@yahoo.com.br


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