Curso de inglês, intercâmbio ou educação bilíngue: qual é a melhor opção para aprender uma segunda língua?

Vanessa Tenório


A fim de preparar desde cedo os filhos para um futuro promissor, muitos pais ficam em dúvida sobre qual a melhor opção para que, no futuro, seus filhos consigam domínio completo da língua inglesa, que hoje não apenas é diferencial, mas sim requisito para conquistar melhores oportunidades no mercado de trabalho. Dentre as possiblidades, muitos pensam em começar matriculando os filhos em uma ótima instituição de ensino, em paralelo a um curso de inglês. Outros preferem investir em intercâmbios, que, segundo pesquisa da Associação Nacional das Agências de Intercâmbio – Belta –, cresceu de 40,2 mil estudantes, em 2015, para mais de 90,9 mil em 2017. Além dessas alternativas oferecidas pelo mercado, a educação bilíngue tornou-se atualmente uma opção muito utilizada por pais que querem iniciar o processo de aquisição da língua desde a educação infantil.

Aprender uma língua é algo complexo e exige muita prática. No curso de inglês, ensina-se por meio de um método que desenvolve a competência linguística do aluno dentro de uma hierarquia gramatical que enxerga o idioma como uma disciplina a ser estudada e treinada. Ou seja, as aulas geralmente são mais focadas em técnicas da língua, como gramática e interpretação de texto. Além disso, o contato com o idioma é menos intenso, com o tempo podendo variar de uma a quatro horas semanais, apenas.

Já nos programas de educação bilíngue, a língua é vista como um meio de instrução dentro de uma educação global e significativa para o aluno, que passa por um processo subconsciente de aquisição linguística mais natural. Ou seja, por meio da língua inglesa o aluno terá contato com conteúdos de componentes curriculares como matemática, história, geografia, ciências, artes e até mesmo aulas práticas de culinária. Dessa forma, a aquisição da língua é trabalhada de maneira mais espontânea, na medida em que o aluno vai se envolvendo com as atividades e o idioma é internalizado. Na educação bilíngue, o tempo de exposição pode variar de escola para escola, mas em geral são oferecidas, no mínimo, seis horas semanais.

Existe ainda outra maneira de adquirir uma língua, que é o caso de quem viaja para o exterior e mora nesse lugar por um tempo. Se for criança, a aquisição acontece de maneira muito mais rápida. Um adulto consegue aprender, mas não com a mesma facilidade, por conta das barreiras psicológicas que ele apresenta.

Desse modo, cabe somente aos pais decidir qual é a melhor opção para seus filhos. Entretanto, é interessante pesquisar e dialogar com profissionais da área, sempre levando em consideração as necessidades dos filhos. Todas essas maneiras são viáveis para aprender inglês, mas em alguns casos é preciso que haja mais dedicação e prática do que em outros.


Vanessa Tenório é Mestra em educação, empreendedora e desenvolvedora do programa de educação bilíngue pioneiro no Brasil, Systemic Bilingual.


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