FEEDBACK

Uma poderosa ferramenta para a aprendizagem


Você chama seu aluno para o elogiar? É comum que os professores convidem para conversar quando se tem algo para corrigir ou para dar uma bronca, não é mesmo? Mas você já parou para pensar na importância do retorno real sobre o desempenho do seu aluno? Descubra nesta matéria o impacto que pequenas atitudes podem despertar na sala de aula.

O feedback é uma ferramenta importante para que os estudantes entendam o que precisam melhorar e quais comportamentos foram positivos, gerando uma conscientização valiosa para o processo de aprendizagem, pois evidencia ao aluno as mensagens enigmáticas entre o resultado pretendido e o real, gerando motivação para a mudança.

Este processo é um retorno do trabalho do alunado visando o desenvolvimento de suas competências e habilidades. O momento não deve ser encarado como uma chuva de críticas, mas como um instrumento reflexivo e construtivo para o desenvolvimento do estudante.

Parece algo simples, mas pode acontecer também de o aluno se desestimular quando receber um feedback negativo. Por isso é importante saber lidar com este processo, bem como entender que este retorno deve ser realizado de forma individual, esclarece um artigo publicado no site do Ministério da Educação.

O feedback pode ocorrer com foco em vários aspectos do cotidiano de um estudante: avaliação sobre o que aprendeu com relação a determinado conceito, sobre a nota numérica resultante de determinado processo, sobre o seu comportamento, sobre um trabalho em grupo ou até mesmo sobre uma autoavaliação que o aluno realizou. Porém, o sistema de avaliação aplicado na maioria das escolas tem impactado negativamente os estudantes, e isso não apresenta relação somente com as provas aplicadas. A forma como o resultado final (o que chamamos de “nota”) é comunicado aos alunos também gera impactos negativos.

De acordo com a escritora britânica Jo Boaler, especialista em educação e professora na Stanford Graduate School of Education, um resultado expresso em forma de um número não gera nenhuma outra ação por parte do aluno, a não ser comparar o resultado com o de seus colegas, de forma que uma parte deles pode concluir que não é tão boa quanto os outros. “Alguns alunos, ainda, podem encarar a pontuação obtida como um indicador de quem eles são como pessoas ou de que seu esforço não foi recompensado, não fazendo sentido repeti-lo em outra oportunidade”, diz em sua publicação intitulada “Mentalidades Matemáticas”.

Diante deste cenário SEPARAMOS ALGUNS PASSOS PRA VOCÊ REALIZAR UM FEEDBACK com seu aluno e aproveitar 100% este momento individual:

Encare o momento do feedback como algo muito importante ao aluno. Normalmente ele recebe este retorno somente de seus colegas, o que muitas vezes não contribui para seu desempenho em sala de aula. Por isso, o feedback deve ocorrer durante o processo de aprendizagem. Faça enquanto há tempo para possíveis reparos. E para eles não se desmotivarem, têm que sentir que a sala de aula é um ambiente seguro que se utiliza dessa técnica em prol do seu desenvolvimento.

É preciso lembrar que o feedback não é um conselho ou avaliação, ele é uma informação sobre como os professores e alunos se esforçaram para atingir os objetivos em comum. Ressaltando que eles não são adversários. Neste quesito, o professor tem que estar preparado para receber feedback no ato da devolutiva ao aluno, o que pode ser mais eficiente do que o contrário. Assim, seja específico, fale exatamente o que precisa melhorar e o que faz bem, por meio de fatos ocorridos em sala de aula. Somente assim ele saberá qual o caminho para atingir o objetivo esperado.

Ao iniciar, comece pelos pontos positivos, mesmo que tenha que dizer sobre sua falha na aprendizagem, pois é fundamental que se fale primeiramente sobre os acertos do aluno a fim de fortalecê-lo e mantê-lo encorajado. Portanto, seja honesto. Não procure maquiar os pontos de melhoria. Diga sempre por meio dos fatos os aspectos da aprendizagem ou de comportamento a que ele necessita se dedicar mais ou algo que tem que deixar de fazer. E quando apontar o erro, lembre-se de dar o feedback orientando onde pode encontrar mais recursos para estudar ou melhorar algo que prejudica sua aprendizagem, conscientizando-o dos prejuízos no resultado final.

E, por fim, acompanhe sempre. O momento do feedback não pode ser único, tem que ser contínuo. É importante a formalização do evento da devolutiva, mas durante o processo de aprendizagem o aluno tem que ser assistido e orientado quanto a seus acertos ou erros.

Professor, aplique em sala de aula este recurso e depois nos conte o resultado.
Nos envie um e-mail para redacao@appsvc-siteappai.azurewebsites.net falando sobre este processo.
Aguardamos seu relato!


Por Richard Günter
Fontes: Ministério da Educação | Ensino IP | Desafios da Educação

 


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