A Física em vários ângulos


Projeto orientado por Professor ensina conceitos da disciplina com aulas de artes marciais

Aos leigos o que mais chama atenção nas artes marciais mais conhecidas, kung fu, caratê, judô, aiquidô, krav maga, judô, jiu-jítsu, muay thai, taekwondo, normalmente são as técnicas usadas na aplicabilidade dos variados golpes. Entretanto, é sabido que o princípio de quase todo o conjunto de técnica de luta individual está centrado na disciplina e na defesa. No Colégio Puríssimo, em Rio Claro (SP), o aiquidô, arte originária do Japão, tem sido o contragolpe para desmistificar a ideia de que o ensino de Física é coisa apenas para gênios.

Centro de massa, momento linear, angular, inércia, peso, vetores, força centrípeta, energia, entre outros, são alguns dos conceitos dessa disciplina ensinados pelo professor e coordenador do Ensino Médio, Huemerson Maceti, para um grupo de alunos da escola, que é parceira do Sistema de Ensino Poliedro.

Além de caracterizar-se pela preservação dos valores morais, hierarquia, a gratidão e a honra, bem como a coordenação conjunta do corpo e da mente, em unidade com as leis naturais, o aiquidô diferencia-se, sobretudo, pela ausência de competição entre os praticantes. De acordo com o professor Huemerson, os alunos do Ensino Médio aprendem na prática como relacionar os conceitos ensinados em Física aos diferentes fatos do cotidiano através dessa arte marcial.

Mais concentração e melhor resultado na aprendizagem

O ensino inusitado, conduzido pelo professor de Física, faz parte do projeto Física Aplicada ao Mundo, uma extensão das aulas da disciplina em nível avançado. Baseado no equilíbrio e na defesa, o aiquidô propicia melhorias no comportamento dos estudantes, além de reforçar a assimilação da teoria, segundo afirma Maceti. “Percebemos que eles apresentam avanços na concentração e na autoconfiança, refletindo isso no preparo para o vestibular”, destaca.

Para a realização do trabalho, foi colocado um tatame no colégio e vídeos de biomecânica (mecânica do corpo humano) foram projetados para relacionar essa atividade aos conceitos ensinados em sala de aula. Após as apresentações, os alunos foram para a prática e também exerceram alguns dos movimentos demonstrando que realmente aprenderam com o “mestre”. Além dos golpes de defesa e ataque, redirecionando a força adversária, os estudantes puderam perceber em pleno funcionamento a utilização dos conceitos de Física, como torques, movimentos linear e angular, impulso, energias, forças e velocidade.

O ensino inusitado, conduzido pelo professor de Física e coordenador do Ensino Médio da escola, Huemerson Maceti, faz parte do projeto Física Aplicada ao Mundo

Divulgação – Puríssimo

Praticante de aiquidô há mais de cinco anos, o professor Maceti orienta os alunos para que façam relações do aprendizado teórico com diferentes eventos do dia a dia, como o reflexo da imagem no espelho, a posição da Lua sobre a Terra, o ato de cozinhar algum alimento ou de ligar um eletrodoméstico e, até mesmo, a mudança de cor das folhas que caem das árvores. “Iniciativas como essa contribuem para nortear e valorizar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, pois eles se sentem estimulados a pensar e a compreender possíveis exemplos que facilitam o seu dia a dia. Em uma das apresentações no colégio, o professor Maceti contou com a presença da escola Aiki Kaizen de aiquidô, de Rio Claro, sob a orientação dos sanseis Fabrício Trivelato e Hélio Hoshina.

Baseado no equilíbrio e na defesa, o aiquidô propicia melhorias no comportamento dos estudantes, além de reforçar a teoria

Divulgação – Puríssimo

Física aplicada ao mundo

Os alunos do Ensino Médio e do Pré-vestibular do Colégio Puríssimo reúnem-se às sextas-feiras para estudar Física de forma mais natural e com exemplos reais. A abordagem das aulas extracurriculares ultrapassa os cálculos físicos e oferece aos estudantes as seguintes atividades diferenciadas para o ensino dessa disciplina: Análises Conceituais, Física das Artes Marciais, Física da Música e Tirinhas Científicas.

Segundo o professor, essa atividade, aliada à maneira como é ministrada entre os alunos, produz resultados que vão além de notas e avaliações, pois perpassam o universo do imaginário, desmistificando o estereótipo de que a Física é uma ciência “direcionada aos gênios”.


Por Antônia Lúcia
Colaboração: ADS Comunicação Corporativa
Juliana Jadon
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E-mail: julianaj@adsbrasil.com.br

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