O IBGE como instrumento de pesquisa


Saiba como utilizar o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para elaborar pesquisas entre a garotada

 

Você sabia que atividades em áreas como Alfabetização, Matemática e Língua Portuguesa podem ser trabalhadas através das informações colhidas pelo IBGE? O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o site Nomes no Brasil, que reúne informações sobre o registro de cerca de 200 milhões de brasileiros e permite pesquisar os dados do Censo Demográfico de 2010.

A página, que se tornou um sucesso – já que dá para pesquisar coisas como a evolução ou declínio da popularidade do seu nome ao longo do tempo e ver quantas pessoas no país são seus xarás –, mostra que Maria e José estão no topo da lista entre os mais populares nomes brasileiros, seguidos de João e Ana. Assim, é possível aproveitar os dados disponíveis para planejar atividades em diversas disciplinas.

Para a professora Ana Lígia Scachetti, também editora da Revista Nova Escola, o tema central da página, nomes próprios, é perfeito para o trabalho com as turmas de alfabetização, já que nessa etapa os estudantes também estão refletindo sobre os números. Então, o ideal é aproveitar para abordar esses dois conteúdos conjuntamente. “Você pode fazer uma lista dos nomes da turma com a participação de todos e depois propor que os alunos pesquisem em duplas essas palavras na área ‘Pesquise um nome’. Peça a eles que anotem no caderno o que foi encontrado e a quantidade de pessoas que têm nomes iguais ao da turma no Brasil (obtida no item “Frequência”). Monte uma tabela em um cartaz e peça que cada dupla escreva os dados que obteve”, sugere Ana.

Outra dinâmica bacana, que pode ser facilmente realizada, é dividir a turma em grupos e solicitar que cada equipe explore um tema diferente no campo “Nomes mais populares”. “Um pode buscar os nomes de mulheres mais comuns na década de 1990, por exemplo, e outro grupo se focar em como a maioria dos homens se chamava nos anos 1960. Após todos coletarem os dados, peça que montem gráficos e apresentem o resultado para os demais. Se julgar necessário, faça uma leitura compartilhada de gráficos diversos coletados em revistas, jornais e outros sites para ampliar as referências da garotada sobre as possibilidades de tratamento de informações. Noções de estatística devem ser trabalhadas desde os anos iniciais”, pontua Ana.

Em aulas de Língua Portuguesa ou História com os adolescentes, o ideal é ampliar a pesquisa na internet, pois em grupos eles podem por exemplo buscar o significado dos nomes mais populares ou fatos que influenciaram a escolha por um determinado registro em alguma década. “Peça que todos anotem onde encontraram as informações obtidas. Dê um tempo para que as equipes compartilhem o que foi pesquisado e discuta as fontes de informações utilizadas. O site também pode ser acessado pelo telefone celular, então, se preferir (e se a turma tiver aparelhos com conexão à internet), organize a atividade na sala de aula com esse equipamento”, enfatiza a professora.

Para as aulas de Matemática, o site oferece outras inúmeras possibilidades. Números ordinais e porcentagem são alguns dos dados fornecidos. É possível avaliar quais deles é melhor privilegiar de acordo com as características da sua sala e os conteúdos que já foram abordados anteriormente.

Vale ressaltar que para iniciar a aula com as informações do IBGE os professores devem fazer uma introdução. É importante, antes de tudo, explorar a página, ler as notas do instituto e outros detalhes e tentar antecipar as dúvidas e curiosidades da classe. Para isso a professora Ana sugere que “Com os computadores conectados à internet, apresente o site, converse sobre o que são o IBGE e o Censo. Veja o que os alunos já sabem sobre esses temas e deixe que explorem as informações. Se parte da classe não tiver familiaridade com a tecnologia, organize duplas produtivas. Após algum tempo, faça um debate sobre o que descobriram e deixe que eles continuem navegando pelos caminhos que os colegas indicarem”.

 

Eu tenho mais de 50 mil xarás aqui no Brasil. E você?

ACESSE O “NOMES NO BRASIL”

www.censo2010.ibge.gov.br


Por Richard Günter
Fontes: Nova Escola | Profª. Ana Lígia Scachetti

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