Escola Paraíso Infantil Popeye
End.: Av. Borges de Medeiros, 2.364 – Lagoa
Rio de Janeiro-RJ     CEP.: 22470-003
Tel.: (21) 2511-2255
Diretora: Maria da Glória Vasconcellos

Os alunos da Escola Paraíso Infantil Popeye vivenciaram brincadeiras, danças e histórias populares. O Saci-pererê foi um dos personagens folclóricos que mais despertou a atenção das crianças
As crianças assistiram atentas às apresentações folclóricas
A lenda do Canto da Sereia também foi encenada pelos recreadores
Por Tony Carvalho

O Brasil possui um dos folclores mais ricos de todo o mundo. São danças, cantigas de roda, comidas típicas, brincadeiras e lendas que fascinam adultos e crianças e são transmitidas há várias gerações. Contudo, nas grandes cidades, as atividades folclóricas têm cada vez menos espaço e, diante dessa realidade, algumas escolas promovem em agosto – o mês do folclore – eventos que buscam resgatar as manifestações populares.

A Escola Paraíso Infantil Popeye, no Rio de Janeiro, é uma delas. Durante todo o mês, as crianças realizaram atividades ligadas ao tema. A culminância do projeto aconteceu no Sítio Piperama, em Vargem Grande, onde os alunos vivenciaram folguedos e cirandas e, também, participaram de encenações de lendas que têm como personagens a Iara – mãe d’água, o Saci-pererê, o Curupira, a Mula-sem-cabeça, entre outros.

Para a professora Denise Vasconcellos, organizadora do projeto, tão importante quanto estudar o folclore em sala de aula é vivenciar o universo das nossas raízes culturais. “De norte a sul, as tradições regionais compõem um retrato multicolorido do nosso país. Na culminância do projeto, buscamos trazer para os nossos alunos um pouco da magia de histórias e mitos que permeiam o imaginário popular”, conta.

Um grupo de recreadores contou a história do Bumba-meu-boi, um dos mais conhecidos folguedos brasileiros que, através do canto e da dança, retrata a morte e o renascimento do boi. “Os folguedos são representações com muito ritmo, vários personagens e um enredo. Essas encenações teatrais retratam as diferentes tradições regionais. Ao som de instrumentos musicais, tocados normalmente pelos participantes, os hábitos e valores culturais são transmitidos de forma alegre e bem-humorada”, explica Bruno Pugialle, ator e recreador. O grupo também fez apresentações de capoeira e ciranda.
As crianças também visitaram um minimuseu instalado no sítio. Lá, elas viram esculturas de barro e cenários que lembravam algumas das tradicionais festas populares. Elas ainda participaram de atividades que resgataram brinquedos como pião, peteca, pipa, bola de gude e bilboquê.

De acordo com a professora Ana Lúcia Camardella, durante todo o mês, os alunos tiveram, em sala de aula, contato diário com as lendas, construindo personagens e produzindo textos. Os professores trabalharam, ainda, com parlendas – versos infantis com rimas, criados para as mais diferentes finalidades. No recreio, as crianças participaram de brincadeiras de roda. “O importante no nosso projeto é que todas as atividades pedagógicas foram focadas no tema folclore. Para crianças urbanas, isso tem um efeito bastante positivo”, afirma.

A professora Maria da Glória Vasconcellos, diretora da escola, considera fundamental o papel de resgatar e difundir as expressões culturais que brotam dos costumes e tradições do povo. “Nas atividades folclóricas, estão presentes as características dos povos que contribuíram para a formação de nossa nação, principalmente os africanos, os indígenas e os europeus. Preservar o folclore é preservar a nossa tradição”, declara.