O lúdico é fundamental na vida das crianças. Partindo dessa premissa, o Colégio Martinus Portão, localizado em Curitiba, no Paraná, desenvolveu uma forma de atividade pedagógica estimuladora para a criança: o jogo. Segundo especialistas, esse tipo de atividade ajuda a exercitar o raciocínio lógico, a concentração, o autocontrole, a criatividade e outras estruturas cognitivas que, aliadas à prática educativa, podem ser consideradas um importante aliado junto aos conteúdos propostos.
Criou-se, assim, dentro da escola, uma educação baseada na problematização. Os conflitos surgidos desta situação oportunizam formas de conquistas sociais e desenvolvem a tão esperada autonomia e a interação com o grupo. Com a 2.ª série do Ensino Fundamental, o jogo funcionou muito bem. A professora Aparecida do Rocio Almeida comenta que “os jogos permitiram que os alunos fizessem da tarefa de aprender um processo interessante e divertido, sentindo-se livres para determinar suas próprias ações”.
A coordenadora pedagógica Ângela Pereira dá ênfase a este trabalho e apresenta a experiência realizada com o Jogo Trilha Colorida. “Por meio deste jogo, atingimos os seguintes objetivos: agrupar quantidades (de 10 em 10, de 20 em 20...); desenvolver idéia aditiva e subtrativa e o cálculo mental; relacionar número e quantidade; reconhecer formas geométricas e realizar cálculos”, explica.

Agora é hora de jogar, vamos lá.

 

Segundo a professora, para iniciar o jogo, é necessário que a turma forme grupos de 4 a 5 crianças. Cada grupo recebe um tabuleiro, um dado e fichas vermelhas, amarelas, verdes e azuis. Cada criança recebe um marcador e, na sua vez, lança o dado e anda na trilha de acordo com a quantidade indicada. A cada vez que o marcador (botão) pára, o jogador pega uma ficha com a mesma cor da casa em que o marcador parou. As fichas possuem os seguintes valores: a amarela vale 10 pontos; a verde, 20 pontos; a azul, 30 pontos; e a vermelha, zero.
Quando cada jogador termina de andar na trilha, conta-se quantos pontos cada um fez utilizando as fichas que ganhou, fazendo relações com os colegas sobre as quantidades de fichas tiradas e os pontos feitos.
Segundo a coordenadora, em sala de aula, o professor pode variar as atividades construindo, por exemplo, as fichas para a trilha, em formas geométricas. Ex.: círculo vermelho, triângulo verde etc. “Os valores atribuídos às fichas podem ser modificados conforme a série e o objetivo, é só adaptar de acordo com a necessidade”. A professora Aparecida, das séries iniciais, lembra que o jogo pode ser explorado em outras áreas do conhecimento. Na disciplina de Artes, podem-se construir desenhos com as fichas ganhas. Na disciplina de Língua Portuguesa, pode-se escrever o nome da figura cada vez que o marcador parar o jogador.
Ângela ressalta que a não-utilização de técnicas operatórias convencionais com as crianças faz com que os alunos recorram a estratégias pessoais para resolver as situações-problema propostas. Para a professora, esse caminho leva o aluno a uma melhor compreensão dos conteúdos trabalhados em aula.

Material Necessário:

• Tabuleiros (trilha com as cores vermelha, azul, amarelo e verde);
• Um dado numerado de 1 a 6;
• Fichas vermelhas, amarelas, verdes e azuis;
• Marcadores (botões ou tampinhas);
• Tabela com as cores e seus respectivos valores.

Colaboração: Andréa Schoch (Pedagoga)

 




Colégio Martinus Portão
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Coordenadora pedagógica: Ângela Pereira