Aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Foi com este objetivo que, em 13 de junho de 1808, foi criado o Jardim de Aclimação por D. João, Príncipe Regente na época, que mais tarde se tornaria D. João VI. Com a ameaça da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte em Portugal, a nobreza portuguesa mudou-se para o Brasil e instalou a sede do governo no Rio de Janeiro. Entre outros benefícios, a cidade ganhou uma Fábrica de Pólvora, construída no antigo Engenho de Cana de Açúcar de Rodrigo de Freitas.

Encantado com a exuberância da natureza do lugar, D. João instalou o Jardim, que, em 11 de outubro do mesmo ano, passou a Real Horto. Por um erro histórico, acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. O Jardim Gabrielle, porém, era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram aqui vieram, na verdade, das Ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, trazidas por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a Dom João I. Entre elas, estava a Palma Mater.

Aberto à visitação pública após 1822, o Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth, do Reino Unido, e muitos outros. Vários naturalistas e administradores contribuí­ram para a trajetória do Jardim Botânico, como: Frei Leandro, Serpa Brandão, Cândido Baptista de Oliveira, Custódio Serrão, Karl Glasl, João Barbosa Rodrigues, Pacheco Leão, Campos Porto, João Geraldo Kuhlmann e o atual presidente Liszt Vieira.


Núcleo de Educação Ambiental

O Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, criado em julho de 1992, desenvolve o Programa de Educação Ambiental e tem como missão desenvolver projetos e atividades que promovam uma mudança de comportamento e atitudes frente às questões ambientais, visando à conservação dos seus recursos e à melhoria da qualidade de vida, a partir da utilização de elementos do Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.


Projetos

Conhecendo nosso Jardim: Foi concebido de modo a oferecer aos professores da rede formal de ensino informações necessárias à implantação da prática da Educação Ambiental, com uso de roteiros didáticos orientados através de treinamentos, transformando e otimizando a visita do público escolar ao Arboreto do Jardim Botânico.

Projeto Laboratório Didático: Espaço destinado ao desenvolvimento de atividades lúdicas, criativas e educativas utilizando os recursos naturais presentes no Jardim Botânico como estímulo para discussão de temas ambientais e vivência de práticas educativas, dirigidas ao público infanto-juvenil.


Exposição “Plantando História”

O Bromeliário compreende cerca de 10.000 exemplares distribuídos em duas grandes estufas e em canteiros. A estufa principal (Roberto Burle Marx) foi inaugurada no início de 1996. Na estufa, podem ser apreciadas espécies de diversas formações – Amazônia, Floresta Atlântica, restingas, caatingas, assim como exemplares da América do Sul e Central. A estufa Dimitri Sucre contém a coleção científica de Bromeliaceae da Mata Atlântica brasileira, com cerca de 3.000 amostras, destinadas à pesquisa científica e à conservação. Através do Projeto Bromélia, o Jardim Botânico objetiva melhorar as condições de sua coleção, tornando-a um centro de referência na família Bromeliaceae.

Orquidário: Composto por mais de 3.000 exemplares, a maioria das plantas da coleção de Orchidaceae é composta de espécies brasileiras.

Plantas Medicinais:
Esta coleção, que teve seu início a partir do interesse de universidades e escolas em estudar e conhecer a flora utilizada para fins terapêuticos, possui cerca de 89 espé­cies, distribuídas em 35 famílias botânicas.

Jardim Sensorial:
Inaugurado em março de 1995, foi feito especialmente para pessoas portadoras de deficiência visual. A seleção de plantas para este jardim foi feita com o objetivo de transmitir sensações a pessoas especiais que não tinham o privilégio de usufruí-las. Procura-se, em primeiro lugar, inserir plantas utilizadas no tempero para serem identificadas na alimentação, além de plantas medicinais, de texturas diversas e odores característicos. Flores perfumadas, plantas com variadas texturas e plantas aquáticas também podem ser encontradas. O piso é apropriado para receber cadeiras de rodas e as plantas podem e devem ser tocadas.

Ingressos antecipados:

O ingresso pode ser feito através de duas entradas, ambas localizadas na Rua Jardim Botânico, nos números 920 e 1008. Este último permite acesso ao estacionamento para carros de passeio e ao Centro de Visitantes, que faz o atendimento ao público. Crianças com até 6 anos (inclusive) e adultos acima de 65 anos (inclusive) não pagam ingresso. As visitas podem ser agendadas com o Centro de Visitantes, pelos telefones: (21) 3874-1808 e 3874-1214.

Fonte: www.jbrj.gov.br


Jardim Botânico do Rio de Janeiro
End.: Rua Jardim Botânico, 920 e 1.008 – Jardim Botânico – Rio