O Instituto Faça Parte certificou, em meados de
outubro desse ano, 950 colégios do Estado do Rio de
Janeiro com o selo Escola Solidária. Foram 442 escolas
estaduais, 249 municipais e 259 particulares que se
destacaram por ações de voluntariado educativo e desenvolveram
projetos de integração escola-comunidade,
despertando nos alunos o interesse pela vida do bairro
e da cidade, com ações solidárias.
O selo Escola Solidária é entregue pelo Instituto
Faça Parte,
em parceria com o Ministério da Educação,
o Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais
de Educação (Undime), a ONG Faça Parte, o Instituto
Brasil Solidário e a Rede Globo de Televisão.
Foram certificadas escolas de Ensinos Fundamental,
Médio e Técnico que buscam consolidar ações rumo a
uma educação de qualidade. Este ano, cerca de 14.300
escolas se inscreveram para o selo Escola Solidária em
todo o país, numa forma de garantir o reconhecimento
do trabalho realizado.
Pois bem, fiz questão de fazer essa introdução,
muito mais num tom de notícia do que de um comentário,
para que os professores e a comunidade em
geral reflitam um pouco mais sobre a importância da
integração da escola com a comunidade.
É verdade, hoje, que a escola não pode ser um
corpo estranho à comunidade. Muito pelo contrário, por
ser um centro também educativo pertence a uma rede
maior composta pelas instituições de ensino. Portanto,
é a escola que deve tomar as iniciativas em relação
à comunidade. É ela que deve chegar à comunidade
através dos seus alunos, porque cada aluno tem sua
família. E a base forte da comunidade é a família.
O professor Içami Tiba, autor do livro Quem ama,
educa!, defende muito bem esse posicionamento. Diz
ele que “é preciso que a escola veja em cada aluno
uma possibilidade de ajuda comunitária, e não um
delin qüente a mais que ela tem de suportar”. Portanto,
é importante que os professores tenham um novo
posicionamento perante o aluno, tratando-o como um
parceiro, e não como um intruso que atrapalha suas
aulas. Afinal, quem entra em contato direto e contínuo
com os alunos são os professores.
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Reconhecemos as dificuldades dos professores
- baixos salários, dificuldades de adaptação
dos espaços
físicos etc. - mas empenho e motivação
são substantivos
que podem resultar em bons frutos. Atividades
mil, tais como feira de troca (quem tem algo útil que
não esteja usando leva para trocar por algo que esteja
precisando), feira de serviços, feira de favores, jogos
esportivos, realização de cursos, mutirão de reformas
das casas mais necessitadas ou, até mesmo, da própria
escola, podem ser realizadas, promovendo-se, exatamente,
a integração escola-comunidade.
Dessa forma, certamente os professores conseguirão
entender o aluno como uma pessoa muito maior
que o seu rendimento escolar, focalizando pontos
outros que não são valorizados nas provas. Paralelamente,
será possível descobrir e ajudar a desenvolver
as condições saudáveis da escola, melhorando a qualidade
de vida que, provavelmente, passará a reinar nas
unidades. A escola, então, se transformará em um pólo
de comunicação do bairro e da comunidade, através
de um trabalho de cidadania e participação.
Aproveito esse espaço para parabenizar todos os
docentes que, no mês de outubro, comemoraram, com
justa homenagem, o dia 15: Dia do Professor.
Parabéns!
(*) Graça Matos é Deputada Estadual (PMDB) e primeirasecretária
da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj).
Alerj: Rua Dom Manuel, s/n.º – Praça XV – Rio de
Janeiro – CEP.: 20010-090-RJ.
Gabinete 109 – Prédio anexo da Alerj.
E-mail: gracamatos@alerj.rj.gov.br
Tel.: (21) 2588-1693 / 2533-6598
Graça Matos (*) |