
HERÓIS
E DEUSES GREGOS PERMEIAM O IMAGINÁRIO INFANTIL
DOS ALUNOS DO CEMOL
Zeus, Atena, Cronos,
Réia, Teseu e o Minotauro foram as figuras
lendárias trabalhadas no projeto Mitologia
Grega do Centro Educacional Monteiro Lobato (Cemol),
cuja proposta era ajudar os alunos a conhecer um pouco
mais sobre a história da Grécia –
sede dos jogos olímpicos em 2004 –, seus
mitos, seus costumes e suas lendas. Desenvolvido com
as turmas da Classe de Alfabetização
e do 1.º segmento do Ensino Fundamental, o projeto
foi realizado de forma multidisciplinar, permeando
várias áreas do conhecimento.
A professora Elise Zarro
Pinheiro relatou que, na primeira semana, os alunos
dedicaram-se à escolha dos personagens mitológicos.
Após a seleção, iniciaram a pesquisa
sobre a vida desses heróis, seus traços
físicos e seus costumes. Antes de iniciarem
a parte prática, todas as turmas participaram
de uma sessão de contação de
histórias sobre os mitos gregos.
Segundo a professora,
à medida que as histórias iam sendo
narradas, os alunos se mostravam cada vez mais interessados
em conhecer as lendas e a cultura dos antigos povos
gregos. “As histórias mitológicas
mexeram com o imaginário coletivo das crianças.
Elas ficaram encantadas com o que ouviram. Dentre
todas as narrativas, a que mais chamou a atenção
dos alunos foi a de Cronos, pai de Zeus”, relembra.
Durante as aulas, vários
tópicos da Língua Portuguesa foram abordados
através da leitura dos textos e dos exercícios
acerca da civilização grega. No laboratório
de informática, entre uma tecla e outra, o
grupo mostrou que não há barreiras entre
eles e o mundo digital. “Eles reproduziram parte
da história em que Teseu, filho de Egeu, rei
de Atenas, entra no labirinto e mata o Minotauro.
A animação, computadorizada, ficou tão
interessante que foi apresentada no telão do
teatro para a comunidade escolar”, destacou
Elise.
Entretanto, foi na disciplina
de Artes que a garotada mostrou toda a sua criatividade.
Depois de ouvir as histórias, cada aluno escolheu
um personagem e, com massa de modelar colorida e uma
bandeja de isopor – usada como porta-retrato
– deu vida às figuras lendárias.
A experiência culminou também em trabalhos
de colagens e desenhos livres.
Para Elise, a importância
desse tipo de atividade está na forma como
as crianças assimilaram o conteúdo.
“O envolvimento com o projeto foi maciço.
Eles adoraram participar de todas as etapas do trabalho.
Isso mostra que aprender brincando, ou seja, de maneira
lúdica é sempre mais interessante e
prazeroso”.
Gabrielle Santos Gomes,
10 anos, diverte-se ao falar sobre o projeto. “Achei
o Minotauro engraçado e divertido. O deus Cronos,
que engolia os filhos, me deu nojo, mas foi muito
legal”, destaca a aluna. Já a pequena
Laryssa Nunes de Mello, atenta às formas dos
deuses gregos, disse ter achado o Minotauro diferente
e exótico, “mas a deusa Atena eu achei
muito bonita.”
No final do evento,
felizes e já pensando no próximo projeto,
os alunos realizaram uma mostra dos desenhos para
a comunidade escolar. “Tivemos vários
Zeus, Atenas e Cronos, de toda as cores, formas e
tamanhos. E o mais importante foi ter a certeza de
que o nosso objetivo foi alcançado com sucesso”,
finalizou Elise.
Histórias
dos deuses gregos
Cronos era associado
ao tempo pelos gregos. Conta a lenda que Cronos era
filho de Urano com Gaia (deusa da terra) e que, a
cada vez que sua mãe tinha um filho, Urano
o devolvia ao ventre de sua esposa. Exausta da situação
em que se encontrava, Gaia tramou com seu filho Cronos
uma emboscada para seu marido. Fez de seu próprio
seio uma pedra em forma de lâmina e a deu para
Cronos que, ao perceber que seu pai havia adormecido,
o castrou, jogando, em seguida, a sua genitália
ao mar, de onde brotou Afrodite, a deusa do amor.
Após isto, Cronos reinou entre os deuses, mas
uma profecia dizia que ele seria, enfim, vencido por
um filho. Assim, ele passou a devorar seus próprios
filhos. Até que a profecia se cumpriu e Zeus
o destronou.
Como divindade suprema
do Olimpo, Zeus simbolizava a ordem racional da Civilização
Helênica. Zeus é o personagem mitológico
nascido de Réia e de Cronos, o qual engolia
os filhos para evitar que se cumprisse a profecia
e um deles o destronasse. Após o nascimento
de Zeus, Réia ocultou a criança numa
caverna, em Creta, e deu uma pedra envolta em faixas
para o marido engolir. Quando chegou à idade
adulta, Zeus obrigou o pai a vomitar todos os seus
irmãos, ainda vivos, e o encerrou sob a terra.
Transformou-se,
então, no novo senhor supremo do cosmo, que
governava da morada dos deuses, no cume do Monte Olimpo.
Atena personificava
a serenidade e a sabedoria características
do espírito grego. Zeus, segundo a mitologia
grega, para evitar o cumprimento de uma profecia,
engoliu sua amante grávida, a Oceânide
Métis. Depois, ordenou a Hefesto que lhe abrisse
a cabeça com um golpe de machado e dela nasceu
Atena, já armada. Acredita-se que ela era originalmente
a deusa-serpente cretense, protetora do lar. Atena
tinha um caráter dual: simbolizava a guerra
justa e possuía uma disposição
pacífica, representando a preponderância
da razão e do espírito sobre o impulso
irracional.
O Minotauro tem sido
considerado um símbolo da fatalidade que determina
o curso da vida humana. Segundo a mitologia grega,
Posêidon, deus do mar, enviou a Minos, rei de
Creta, um touro branco que deveria ser sacrificado
em sua honra. Deslumbrado com a beleza do animal,
o monarca guardou-o para si. Em represália,
Posêidon despertou na rainha Pasífae
uma doentia paixão pelo animal. Da união,
nasceu o Minotauro, ser monstruoso com corpo de homem
e cabeça de touro. Logo após seu nascimento,
o Minotauro foi levado ao labirinto, construído
pelo arquiteto e inventor Dédalo, de onde ninguém
conseguia sair. Anos mais tarde, Minos declarou guerra
a Atenas, para vingar o assassinato de seu irmão
Androgeu. Vitorioso, exigiu que os vencidos enviassem,
a cada nove anos, sete rapazes e sete virgens para
serem devorados pelo Minotauro. Quando os atenienses
se preparavam para pagar pela terceira vez o tributo,
Teseu se ofereceu como voluntário, penetrou
no labirinto e matou o Minotauro.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br/Mitologia/MitoGrega.html
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