Alunos mostram como a ciência pode prolongar a vida
Por Jaciara Moreira
Órgãos
dos sentidos / Doação de órgãos
foi o tema abordado pelos alunos do 1.º segmento do Ensino
Fundamental do Colégio Bahiense – Unidade Vaz
Lobo – para a XIII Feira de Ciências. De acordo
com a coordenadora pedagógica Maria do Socorro Alves
da França, a escolha do tema teve como objetivo sensibilizar
pais, alunos e professores para a questão da solidariedade.
“Além de trabalharmos
para que os alunos conheçam e desenvolvam suas capacidades
sensoriais, queremos que eles saibam da importância
da doação de órgãos, que é
uma forma de prolongarmos a vida. E a feira é a culminância
de tudo que vem sendo abordado em sala de aula”, justifica
a coordenadora.
A partir do tema central, cada
turma ficou responsável por desenvolver e apresentar
um dos órgãos dos sentidos aos visitantes da
feira. A Classe de Alfabetização abordou a audição;
a 1.ª série, o paladar; a 2.ª, o tato; a
3.ª, a visão e a 4.ª, o olfato.
Divididos
em cinco grupos, os alunos da 4.ª série mostraram
a anatomia das cavidades nasais, assim como a relação
das células olfativas com o paladar e o sistema nervoso
central. Eles também apresentaram curiosidades relacionadas
ao formato de narizes, a polêmica da Rinoplastia (cirurgia
plástica do nariz), além de informações
sobre a rinite alérgica e a aromoterapia, destacando
os odores existentes em velas, perfumes, incensos etc., além
da diferença entre olfato e faro.
Já a 3.ª série
falou sobre a visão. Também organizados em grupos,
os alunos abordaram vários aspectos do olhar. O grupo
1, por exemplo, com base na frase “A primeira impressão
é a que fica”, levou os visitantes a viajarem
através de fotos e a externarem a impressão
que tiveram de cada uma delas. Depois as pessoas tiveram os
olhos vendados para que pudessem refletir sobre como é
viver sem a visão.
Um segundo grupo mostrou como
é formada a anatomia dos olhos. Com um olho artesanal,
as crianças fizeram demonstrações sobre
o globo ocular e suas principais partes e funções,
além de mostrarem como é formada a lágrima
e de estabelecerem uma comparação entre o olho
humano e uma máquina fotográfica. Também
fizeram parte dos trabalhos da 3.ª série temas
como a ligação do olho com o cérebro,
problemas da visão e doação de órgãos,
com dados e gráficos comparativos pesquisados pelos
próprios alunos.
Questão de pele
Na
sala de aula, os alunos da 2.ª série aprenderam
que a pele é o maior órgão do corpo humano
e que desempenha funções importantes, entre
elas a de proteção, controle de temperatura
e de acesso ao tato. Esses conhecimento foram levados para
a Feira de Ciências por meio de trabalhos que passavam
informações sobre o sistema Braile, queimaduras,
hanseníase, doação de órgãos
e tecidos, entre outros assuntos relativos à pele.
“Imagine como seria a
sua vida se você não tivesse como perceber o
ambiente ao seu redor?”. Com este questionamento, a
professora da 1.ª série apresentou a seus alunos
o sentido do paladar – outro tema abordado na feira.
Depois de mostrar à
turma que os sabores são sentidos pela língua,
cuja parte superior é recoberta por milhares de pequeninas
saliências chamadas papilas gustativas, e que cada parte
desse órgão é sensível a um determinado
gosto, a professora
preparou as crianças para expor o assunto durante o
evento.
A preparação
envolveu ainda pesquisas, através das quais os alunos
fizeram descobertas importantes para a faixa etária.
Uma delas é a de que o homem sente quatro gostos básicos:
doce, salgado, azedo e amargo. A outra é que cada parte
da sua língua é responsável por sentir
um sabor. Doces são registrados na ponta e salgados,
um pouco mais atrás. Em seguida, vem a região
que sente o gosto do limão e de outros azedos. Lá
no fundo, se sente o amargo, como café sem açúcar.
Todas essas informações formaram o conteúdo
dos trabalhos expostos na feira.
Completando o tema central
da XIII Feira de Ciências, a Classe de Alfabetização
apresentou o sistema auditivo.
“O
trabalho realizado pela turma foi bem proveitoso, pois os
alunos puderam perceber que, para ouvirmos um simples barulho,
o nosso ouvido realiza todo um processo que começa
na orelha e termina no cérebro”, destaca a professa
Rita Luzia Marques.
Os alunos também aprenderam
que o ouvido necessita de cuidados especiais de higiene e
que a poluição sonora é prejudicial à
audição. Outro tema abordado foi a questão
da surdez. Como os deficientes auditivos percebem o mundo?
Como conseguem se comunicar? A turma foi dividida em quatro
grupos. O primeiro mostrou como se dá o processo auditivo
(“Uma volta dentro do ouvido”). O segundo abordou
os cuidados de higiene que devemos ter com o ouvido, os malefícios
que o excesso de água pode provocar e os problemas
causados pela poluição sonora, enfocando desde
inflamações
até a perda da audição.
De forma lúdica, o terceiro
grupo estimulou a percepção auditiva dos visitantes
da feira. A equipe recebeu os convidados com um grande ouvido
do qual podiam ser ouvidos diversos sons. O objetivo era fazer
com que as pessoas identificassem os sons que ouviam.
O último grupo apresentou
o trabalho “Ouvindo com o coração”,
abordando a deficiência auditiva, a Linguagem Brasileira
de Sinais (Libras) e a leitura labial.
“Após todo esse
estudo, percebemos que, apesar da pouca idade, todos os alunos
absorveram, de maneira clara, como se dá a audição
e descobriram que, para continuar sentindo o mundo através
dos sons, é preciso, antes de tudo, cuidar do ouvido”
– concluiu Rita.
A XIII Feira de Ciências
do Colégio Bahiense contou ainda com uma enquete sobre
a doação de órgãos. Foram ouvidas
cerca de 300 pessoas, entre alunos, pais e professores. Os
entrevistados responderam às seguintes perguntas: Você
é doador, seria doador ou não seria doador?
O resultado foi o seguinte: 31% responderam que são
doadores; 57%, que seriam e 12%, que não seriam.
Colégio Bahiense – Unidade Vaz Lobo
Tel.: (21) 3391-3740
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