Simone Garrafiel

Foi um sucesso o VII Congresso Internacional de Educação – Educador 2000, que aconteceu de 24 a 27 de maio, em São Paulo, reunindo renomados profissionais da área para abordar Novas Visões da Educação e trocar conhecimentos e experiências sobre o uso da tecnologia no ensino, na aprendizagem e na comunicação.

Professores e diretores de escolas de todos as regiões do Brasil prestigiaram o evento, totalizando, aproximadamente, 22 mil participantes. E, para ministrar palestras, foram convidados 122 conferencistas, entre os quais destacou-se Arnaldo Niskier, jornalista, professor e membro da Academia Brasileira de Letras que, com irreverência e descontração, abordou as mazelas da Educação no Brasil, a necessidade da reciclagem de professores diante do avanço da tecnologia e a falta de projetos eficazes voltados para o Ensino à Distância.

Com enfoque na Educação voltada para o mercado de trabalho, Guiomar Namo de Mello, diretora da Fundação Victor Civita e membro do Conselho Nacional de Educação, foi categórica ao mostrar a necessidade de uma política de formação de professores que inclua ações de formação contínua, credenciamento de cursos específicos de formação e certificação da qualificação profissional. "As mudanças que vêm ocorrendo na Educação brasileira não sustentam mais um perfil profissional estagnado" – afirmou Guiomar. Segundo ela, os professores precisam participar da elaboração da proposta pedagógica da escola, zelar pela aprendizagem dos alunos e, principalmente, associar conhecimentos teóricos à prática.

Os professores também tiveram a oportunidade de ouvir Melanie Grinkraut, que presta consultoria a escolas sobre o uso da Informática; Pedro Demo, sociólogo e professor da UNB; Cláudio de Moura Castro, economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); e Sílvia Dotta, web publisher da Editora Moderna, que, em suas análises, mostraram, a todos, como o professor pode se reciclar para acompanhar a evolução tecnológica da Educação e utilizar a Internet como ferramenta de ensino, desenvolvendo metodologias eficazes.

Simultaneamente ao congresso, realizou-se a Feira Educar, que contou com a participação de 400 expositores e a presença de 90 mil visitantes, gerando negócios da ordem de R$150 milhões. Nela, foram apresentadas centenas de lançamentos de produtos e serviços voltados para a área educacional, que incluíam desde softwares educacionais e jogos educativos a móveis de última geração para as escolas. Segundo Carlos Soares, presidente da Promofair, empresa organizadora do Evento, vale a pena investir no mercado educacional, que precisa atender à visível e contínua modernização da Educação no Brasil.